No período da Primeira República a insatisfação, exclusão, marginalização e desigualdades, algumas potencializadas e outras fruto do sistema republicano, gerou inúmeras revoltas, guerras e contestações. Temos a Revolta da Armada em 1891; a Segunda Revolta da Armada em 1893; a Revolução Federalista em 1893; Revolta da Vacina em 1904; Revolta da Chibata em 1910; Guerra do Contestado em 1916; Greve dos operários na década de 20; a Coluna Preste em 1925, e a Guerra de Canudos em 1896; são movimentos que personificam a insatisfação e a desigualdade na Primeira República. Sendo assim, “o descontentamento andava por toda a parte e não era privilégio de um só grupo social”, segundo a historiadora Lilia M. Schwarcz.
O historiador Boris Fausto, ao estudar a variedade de revoltas que aconteceram durante a República Velha, divide essas em três grandes categorias. A primeira diz respeito aos movimentos com características de carência social e que possuem conteúdo religioso. A segunda é referente aos movimentos que também possuem conteúdo religioso, mas que tem reivindicações sociais. E a terceira categoria comporta os movimentos inteiramente reivindicatórios.