Grupo Marcos - Magnetismo Grupo Marcos - Magnetismo | Page 29
algum a folga. Os dem ais, são cr ianças da
m inha m odesta escola, fundada há m ais
de cinco anos par a satisfazer
as
necessidades da infância desvalida,
dos povoados m ais pr óxim os!
? M as, que segr edo haver á nestas
par agens ? exclam ou H elvídio r espir ando
a longos haustos ?, par a que a ter r a se
m ostr e tão dadivosa e exuber ante?
? N ão sei ? disse o I r m ão dos pobr es, com
singeleza ?, aqui tão som ente am am os
m uito a ter r a! N ossas ár vor es fr utífer as
nunca são cor tadas, par a que r ecebam os
as suas dádivas e as suas flor es. Os
cor deir os nos dão a lã pr eciosa, as cabr as
e as jum entas o leite nutr itivo, m as não os
deixam os m atar , nunca. As lar anjeir as e
oliveir as são as nossas m elhor es am igas.
Às vezes, é à sua som br a que fazem os
nossas pr eces, nos dias de r epouso.
Som os, aqui, um a gr ande fam ília. E os
nossos laços de afeto são extensivos à
N atur eza. For necendo as explicações que
H elvídio
aceitava
atenciosam ente,
enum er ava fatos e descr evia episódios de
sua obser vação e exper iência pr ópr ias,
im pr im indo em cada palavr a o cunho de
am or e sim plicidade do seu espír ito.
r elva e sentindo sem pr e a m esm a
com panhia, uns e outr os elim inar am
as instintivas
aver sões!
Por m im ,
obser vando essas lições de cada instante,
fico a
pensar com o ser á
feliz a
coletividade hum ana quando todos os
hom ens com pr eender em e pr aticar em o
Evangelho?
O tr ibuno ouviu a histor ieta na sua
r adiosa sim plicidade, com lágr im as nos
olhos. Fixando o inter locutor , H elvídio
Lucius
acentuou,
deixando
tr anspar ecer um br ilho novo no olhar : ?
I r m ão M ar inho, estou com pr eendendo,
agor a, a exuber ância da ter r a e a
m ar avilha da paisagem . Todos esses
feitos são um m ilagr e do devotam ento
com que vindes consagr ando todas as
ener gias à ter r a benfazeja. Tendes am ado
m uito e isso é essencial. Por m uitos anos,
fui tam bém hom em do cam po, m as, até
agor a,
venho
explor ando
o
solo
apenas com o inter esse com er cial. Agor a
com pr eendo
que,
dor avante,
devo
am ar tam bém a ter r a, se algum dia
r egr essar à lavour a. H oje entendo que
tudo no m undo é am or e tudo exige am or .
Abaixo uma fot ogr af ia de Eddie
? Um dia ? explicou com um sor r iso
infantil ? obser vam os que os cabr itos
m ais idosos gostavam de per seguir os
cor deir inhos m ansos e pequeninos.
Então, as cr ianças da escola, r ecor dando
que Jesus tudo obtinha pela br andur a do
ensinam ento, r esolver am auxiliar --m e na
cr iação das ovelhas e das cabr as,
constr uindo par a isso um só r edil. Ainda
pequenos, uns e outr os, filhos de m ães
difer entes, er am r eunidos em todos os
lugar es e, com o am par o dos m eninos,
levados às nossas pr eces e aulas ao
ar livr e. As cr ianças sem pr e acr editar am
que as lições de Jesus deviam sensibilizar
os pr ópr ios anim ais e eu as tenho deixado
alim entar essa convicção encantador a e
suave. O r esultado foi que os cabr itos
br igões desapar ecer am . Desde então o
r edil foi um ninho de har m onia.
Cr escendo juntos, com endo a m esm a