Governança Democrática - 3ª Edição | Page 229

Para alcançar tal coordenação, organiza-se uma marca de qualidade. A marca tem um conselho de direção formado pela autoridade portuária, o Estado e a prefeitura da cidade. Os operadores também integram a marca, desde que cumpram uma série de condições e compromissos operacionais. Por sua vez, os clientes que contratam os serviços da marca têm a garantia do cumprimento dos mesmos. Em caso de descumprimento por parte de algum operador, a marca impõe as sanções previamente estabelecidas e, se reiterada a falha, cabe a sua expulsão. Para a articulação de serviços, a qualidade é insuficiente – o procedimento das normas ISO e a metodologia EFQM se centram na qualidade, no interior de cada serviço. As marcas de qualidade podem exigir de cada operador tais normas, mas elas garantem a qualidade de cada serviço e, também, a sua coordenação. Em uma oferta de serviços de bem-estar social, cada vez mais ampla e fragmentada, é preciso uma ação dos governos locais apoiados pelos demais níveis de poder para promover e dirigir uma marca de qualidade em um território. Uma marca de qualidade em serviços de bem-estar social deverá, no mínimo, dispor dos seguintes elementos: • Um serviço de recepção de novos sócios que solicitem ingressar na marca de qualidade. • Exigências mínimas de funcionamento interno para cada um dos serviços distintos incluídos na marca. • Uma identificação dos compromissos de coordenação entre cada tipo de serviço. • Um serviço de queixas e reclamações próprio da marca de qualidade para usuários, familiares e vizinhos. • Uma normativa de bonificações e sanções, inclusive expulsão, para os serviços que não cumpram as regras. • Uma política de comunicação e divulgação da marca de qualidade para a cidadania e as entidades sociais. Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades 227