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Apuramo-nos para a CAN eliminando a África do Sul e Ilha Reunião. A CAN foi realizada em Rwanda. Um país africano onde não vi lixo nas ruas. Incrível, mas é verdade. Na capital Kigali não vi lixo algum nos dias que lá permaneci.
Fizemos uma CAN fantástica em que abrimos a competição com uma derrota com a equipa da casa e fechamos a competição com uma vitória perante 30 mil espectadores contra a mesma equipa da casa Rwanda. Consequência dessa vitória foi viajarmos no avião presidencial. O Exmo. Sr. presidente da república Blaise Compaoré disponibilizou-nos o avião presidencial para nos ir buscar a Rwanda.
Decretou feriado nacional na data da nossa chegada.
Fomos recebidos por milhares e milhares de pessoas, um acontecimento único no país, pois nunca tinham sido campeões africanos em modalidade nenhuma.
Fomos recebidos numa passadeira vermelha com todo o governo representado pelos ministros, com banda de música a nos embalar.
Foi uma história bonita que eu vivi durante dois anos num país que encanta as pessoas que lá passam e lá vivem.
Tenho uma gratidão sem fim dentro de mim por um país que me recebeu tão bem. Então Burkina Faso é um pouco disto que eu falei, para que possam compreender um pouco a realidade desse país nessa região africana. Felizmente desses jogadores campeões, 5 estão a jogar na Europa.
Vale a pena sonhar e lutar.
Burkina Faso fica aqui neste texto.
* Rui Vieira é colunista do site DOZE (www.dozeonline.com), parceiro da FutÁfrica.
Setembro, 2013