FutAfrica Setembro 2013 | Page 28

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A proeza nem é fácil de atingir, não só pela qualidade dos rivais, mas porque este tipo de distinções privilegia geralmente quem marca golos, o que não é a característica que melhor define Touré, embora não afaste do seu jogo a vocação ofensiva. Contudo, esta tendência pertence sobretudo àqueles referidos e temíveis pontas-de-lança, por exemplo.

É interessante verificar que, na última distinção ao nível de jogadores africanos, Touré ultrapassou o factor “golos” de Drogba e o seu estatuto de campeão europeu em representação do Chelsea.

O médio, natural da Costa do Marfim, ostenta, aos 30 anos, vasta experiência no futebol europeu, com passagens por Bélgica (Beveren), Ucrânia (Metalurh Donetsk), Grécia (Olympiacos), França (Monaco) e Espanha (Barcelona), mas só depois de ter chegado à Inglaterra para representar o Manchester City conseguiu estabilizar definitivamente ao mais alto nível o seu rendimento, de modo a ser reconhecido como o melhor futebolista africano.

Com estatuto de campeão europeu e mundial de clubes, ao serviço do Barcelona, entre outras distinções de peso, conseguiu conquistar a Premier League em 2011/2012.

O êxito tem um sabor bastante especial, ao nível daqueles êxitos dos tempos da Catalunha, considerando que o seu actual clube não era campeão inglês há 44 (!) anos e o facto de a diferença de golos ter sido utilizada como critério de desempate, devido à igualdade pontual com o rival Manchester United, o grande dominador do

futebol de Inglaterra nos últimos anos, no fim do campeonato.

"A coisa mais importante para nós é tentar ser o melhor clube em Manchester. Até aqui, era o United, mas agora espero que seja o City”, referiu Yaya Touré.

Setembro, 2013

Golo ao

United vale final

Antes da conquista da Premier

League, o Manchester City, liderado

por Yaya Touré, já tinha sido mais forte

do que os “red devils”. Nas meias-finais,

o golo do médio foi suficiente para garantir a presença na final da prestigiada Taça

de Inglaterra. Frente ao Stoke City,

Touré repetiu a receita, no mesmo

resultado, permitindo que o seu

clube festejasse um título que

já lhe escapava há

43 anos.