GEMOLOGIA
Madeiras nobres
Se olharmos por um certo ângulo, a madeira é usada em
objetos de alto luxo desde épocas remotas, um bom exemplo
é a produção do violino Stradivarius e as joias de crioulas
que tinham a madeira como elemento principal. Nos tempos
modernos a madeira é observada em detalhes de iates,
cassinos, detalhes de produtos sofisticados em ouro e prata
como talheres entre outros.
Assim como as pedras preciosas as madeiras nobres também
têm sua classificação, isso significa dizer que não é qualquer
madeira que deverá compor uma joia, ela precisa ter uma
história, estar na moda, ser ecologicamente correta, não estar
vinculada a desmatamento e, em alguns casos, passar por
impermeabilizações para evitar fungos e bactérias. Satisfeitas
estas condições, a madeira estará apta aos mais belos designs
como as das peças a seguir (Figura 7 e 8).
Figura 7. Joias com ouro, madeira de pupunheira, fibra de arumã, quartzo verde,
quartzo rosa, ametista, green gold e citrino.
Figura 8. Joias em fibra de
buriti, prata e madeira de
pupunheira.
Os tratamentos
Assim como algumas gemas de base mineral como
diamantes, turmalinas, quartzos, ágatas etc. que precisam
de tratamentos para o melhoramento de suas cores
e pureza, as chamadas gemas orgânicas da Amazônia
também precisam de tratamento para aumento de sua
dureza e durabilidade, neste sentido a associação com
as universidades para o estudo destes tratamentos são
de extrema importância, abrindo um amplo leque para
iniciação científica, trabalhos de conclusão de cursos,
mestrado e até mesmo doutorado (Figura 9).
Figura 9. Sementes rotineiramente usadas em fabricação de joias,
o grande desafio está no tratamento correto a cada uma delas para
aumento de sua dureza e durabilidade.
A aplicação de tratamentos em sementes ou matérias-primas
orgânicas para seu uso em biojoias sempre foram grandes
desafios, eles são realizados visando aumentar a dureza, a
durabilidade e eliminação de fungos e patógenos em geral
comuns nestas matérias-primas principalmente se o objetivo
for exportação. Há trabalhos relevantes da Embrapa Pará
quanto ao uso de fornos muflas em temperaturas adequadas,
porém o mais indicado seria mesmo a esterilização por raios
gama existentes comercialmente no Brasil e onde a biojoia
poderá entrar até mesmo com a embalagem para receber a
dosagem de radiação adequada para a esterilização.
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