Filosofia e Arte nº1 | Page 15

- Você percebeu elementos filosóficos nas entrelinhas da peça? Se sim, foi difícil adaptá-los para a encenação e, assim, transmiti-los para o público?

P: Não vou falar que foi fácil montar o espetáculo, porque teatro não é fácil, mas foi muito prazeroso. Acho que as leituras sobre os trabalhos do Sartre me ajudaram muito e aí nós quisemos ir fundo na questão existencialista. O formato do nosso palco era em formato de “u”, com a plateia cercando os atores. No espaço só tinham três cubos. Era de fato um embate entre presenças. Gosto muito de filosofia, dos conflitos existencialistas, acho que ele tem que chegar pra mais gente e o teatro é um grande potencializador.

- Como você avalia sua experiência de trabalho com a peça? Trabalharia com ela de novo?

P: Tivemos uma recepção muito boa do espetáculo. Acho que fomos bem felizes com a encenação, porque foi tudo muito conceituado. Todos os aspectos: cenário, iluminação, figurino.. Faz tempo né, apresentamos em 2014. O teatro tem essa qualidade do efêmero, acho que hoje não seria a mesma coisa. Acredito que as coisas tem validade. Eu precisaria pensar melhor sobre uma possível reapresentação.

Priscila Natany Resende - Formada em Comunicação Social-Jornalismo pela UFSJ. Graduanda em teatro pela mesma instituição