Em um dia normal de trabalho, Waris conhece Terence
Donavan, fotógrafo renomado na área de moda, que
percebe o potencial dela e a oferece a oportunidade de se
tornar modelo. A moça demora a se abrir a oportunidade,
mas buscando uma vida melhor aceita e se torna uma
modelo famosa. Waris Dirie resolve contar para uma
jornalista sobre o dia que mudou a sua vida, e para surpresa
de todos, não foi o dia em que Terence a encontrou, mas
sim o dia em que ela havia sido mutilada. Ela é então
convidada para se tornar embaixadora especial da ONU
nesta questão, desistindo da vida de modelo para iniciar a luta
contra a mutilação genital feminina.
Hoje, com quase 50 anos, Waris Dirie dirige a Fundação
Flor do Deserto, a qual criou em 2002, em Viena, na Áustria.
Esta Fundação realiza pesquisas, promove campanhas em
todo o mundo, bem como projetos na África para apoiar
mulheres. A Fundação trabalha também em projetos que
geram empregos para mulheres na África Oriental, pois para
muitas, ter sua própria renda significa a capacidade de fazer
escolhas para a sua família ao invés de ter de cumprir as feitas
por seu marido ou seu pai. Em 1997, ela contou ao mundo
sua trajetória em Flor do Deserto, livro autobiográfico que se
tornou um best-seller mundial e divulgou ao mundo o que
ocorre muitas vezes em segredo nos continentes Africano e
Asiático. Este livro veio inspirar anos mais tarde um filme
homônimo, no qual a ex-modelo é interpretada pela etíope
Lyia Kebelde.
A modelo que se manifestou contra a circuncisão
feminina na África.
A ativista pelos direitos humanos principalmente das
mulheres defende fielmente a importância da educação entre
as mulheres como meio de acabar com o ritual que vai
contra diversas leis e tratados, como meio também de
diminuir a violência contra as mulheres, a submissão das
mesmas aos seus pais e maridos e o fanatismo religioso que
leva muitas pessoas a justificarem a “inferioridade” feminina.
Discurso na ONU mobilizou diplomatas.