Para entrar
numa fria de boa
P
assados os cerca de 12 mil anos de sua
povoação aborígine, o gélido e longínquo
destino em meio à Patagônia chilena era alcançado
apenas por cientistas e exploradores, do fim do
século 19 até a criação do parque, em 1959.
Posteriormente nomeado Parque Nacional Torres
del Paine, em função de sua principal feição
geológica, as três grandes torres graníticas, o
ambiente protegido tornou-se rapidamente
conhecido ao redor do globo.
Desde então, recebe até 140 mil turistas por
ano, a maior parte estrangeiros. Principalmente
durante o verão, buscam os ambientes inóspitos e
ainda preservados do parque, a despeito dos casos
de incêndio. A diversidade de ambientes, os
endemismos biológicos e as formações geológicas
são relevantes o suficiente para justificar o
tombamento como Reserva da Biosfera pela
UNESCO e figurar entre as listas de melhores
circuitos de trekking do mundo.
Como fica a algumas horas do aeroporto
Destino
aventura
por Matheus Hobold Sovernigo
mais próximo, em El Calafate (Argentina), os
visitantes só podem chegar por via terrestre. Uma
das opções é passear de carro pela parte do parque
talhada por dezenas de quilômetros de estradas. É
possível observar bandos de guanacos e emas, em
meio às estepes arbustivas, flamingos nas lagoas
com várias tonalidades de azul e a maior ave do
mundo (condor andino) nos céus e montanhas.
Ainda, há navegações nos belos lagos glaciais Grey
e Pehoé.
A outra forma de encarar o parque é se
aventurar em busca das melhores paisagens,
caminhando pelo circuito O, o mais longo, ou então
o W. Esse último é o circuito mais percorrido por
jovens e até idosos, todos munidos de mochilões,
bastões e roupas impermeáveis, a fim de vencer os
muitos desnivelamentos de terreno e o clima
imprevisível. Você pode presenciar no mesmo dia:
sol, chuva, neve, vendaval e até uma tromba d'água!
Para aliviar o cansaço dos três a cinco dias
de caminhada do circuito, há campings e cabanas,
Vista do Parque Nacional
Torres del Paine
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