Explora Web Magazine Ano II Volume VII | Page 10

cuidadores contribuímos para esse sentimento de segurança nas crianças, podemos nos questionar sobre a maneira exata de intervenção nas suas atividades exploratórias. Nem mesmo a psicologia é capaz de nos dar essa medida. No entanto, por ela sabemos que é na relação com o outro que significamos nossas experiências, compartilhando conhecimentos e emoções. Portanto, ao nos relacionamos com uma criança que está explorando novos espaços, é importante estarmos atento às suas conquistas, aos desafios que encara e aos sentimentos que despertam em nós e que regulam a nossa relação com elas. A relação que estabelecemos com as crianças está nos nossos olhares e gestos projetados que imprime nelas um sentimento de segurança levado para outros lugares. E quanto a esses lugares? Atualmente a relação do ser humano com os espaços que vivem tem sido fortemente questionada no sentido do quanto o ser humano tem degradado o seu ambiente e o quanto essa degradação afeta a sua própria qualidade de vida. Trata-se, portanto, de uma relação de mão dupla, na qual sofremos com aquilo que consumimos e geramos. Ao falarmos de infância e na relação que adultos tem com as crianças em espaços de natureza, que me refiro desde parques naturais até os pequenos espaços urbanos onde ainda resguarda-se um pouco de verde, é uma forma de explicar como podemos resignificar os espaços onde acontecem as relações humanas. Crianças acompanhadas de cuidadores dispostos a compartilhar emoções e conhecimento em espaços de natureza não se tornam apenas mais seguras, mas também descobrem novas formas de relacionar com a natureza. Essa relação entre cuidadores e crianças, nutrida positivamente pelos es p