cuidadores contribuímos para esse sentimento de
segurança nas crianças, podemos nos questionar
sobre a maneira exata de intervenção nas suas
atividades exploratórias. Nem mesmo a psicologia
é capaz de nos dar essa medida. No entanto, por ela
sabemos que é na relação com o outro que
significamos nossas experiências, compartilhando
conhecimentos e emoções. Portanto, ao nos
relacionamos com uma criança que está explorando
novos espaços, é importante estarmos atento às
suas conquistas, aos desafios que encara e aos
sentimentos que despertam em nós e que regulam a
nossa relação com elas. A relação que
estabelecemos com as crianças está nos nossos
olhares e gestos projetados que imprime nelas um
sentimento de segurança levado para outros
lugares.
E quanto a esses lugares? Atualmente a
relação do ser humano com os espaços que vivem
tem sido fortemente questionada no sentido do
quanto o ser humano tem degradado o seu
ambiente e o quanto essa degradação afeta a sua
própria qualidade de vida. Trata-se, portanto, de
uma relação de mão dupla, na qual sofremos com
aquilo que consumimos e geramos. Ao falarmos de
infância e na relação que adultos tem com as
crianças em espaços de natureza, que me refiro
desde parques naturais até os pequenos espaços
urbanos onde ainda resguarda-se um pouco de
verde, é uma forma de explicar como podemos
resignificar os espaços onde acontecem as relações
humanas. Crianças acompanhadas de cuidadores
dispostos a compartilhar emoções e conhecimento
em espaços de natureza não se tornam apenas mais
seguras, mas também descobrem novas formas de
relacionar com a natureza. Essa relação entre
cuidadores e crianças, nutrida positivamente pelos
es p