Caminho dos Diamantes
Sabarabuçu
Caminho Novo
Caminho Velho
Mapa ilustrando os caminhos da Estrada Real
O nosso caminho
Cruzar o caminho completo de bicicleta era
nossa vontade, contudo, isso nos levaria entre um
mês e meio a dois meses e, por compromissos com a
faculdade, não dispúnhamos de todo esse tempo.
Então, optamos por começar do início do Caminho
dos Diamantes (para algum dia completá-lo) e
seguir até onde fosse possível. Nosso objetivo era
seguir em um ritmo bom (isso seria cerca de 70 km
por dia, mas não contávamos com o rendimento
reduzido nas estradas de terra e a média diária foi
de 50 km), sem deixar de desfrutar cada lugar.
Deixamos Diamantina, uma das mais lindas
cidades históricas de Minas, no dia 30 de dezembro
de 2012, com os alforjes carregados e as bikes
equipadas rumo à cidade de Milho Verde, onde
havíamos programado passar a virada de ano. Este
primeiro trecho foi, de longe, o mais difícil de toda
viagem. Terreno irregular, muitas pedras
formando canaletas que a todo momento pareciam
querer nos passar uma rasteira! Paramos em um
hotel fazenda para pedir um pouco de água e, prosa
vai, prosa vem, a água misturou-se com cevada e
acabamos vendo o sol se pôr ali mesmo. Apesar de
sabermos que teríamos ainda 10 km até chegar ao
próximo vilarejo, foi impossível não se deixar levar
pela hospitalidade mineira, que já haviamos ouvido
muito falar e encontramos ao longo de todo
caminho. Se viajantes já chamam atenção, movidos
à bicicleta despertam ainda mais curiosidade.
Acampamos próximo a um riacho na mesma
fazenda, tomamos um delicioso café da manhã
junto com nossos novos amigos e partimos.
Uma longa descida nos levou à Milho
Verde. O pequeno vilarejo, constituído por uma rua
principal e algumas outras travessas, vem
ganhando popularidade, e para nossa surpresa,
estava lotado! Chegamos a tempo de tomar o
último banho do ano e a água acabou-se. Assim
como a energia elétrica, que foram substituídas
pelas charmosas velas. Aproveitamos “Miô verde”,
terra tão admirada por Milton Nascimento, para
recarregar as energias com deliciosos banhos de
cachoeiras, broas de milho, “cafezin” e queijos de
primeira! No dia terceiro dia do ano, partimos.
Vimos os cenários mudarem ainda muitas
vezes. Comemos o famoso queijo do Serro, na
cidade com mesmo nome, onde também fizemos a
siesta no chão de pedras da igreja local (nada
confortável, mas o único lugar sombreado para dois
viajantes exaustos). Até este ponto, o caminho
estava relativamente tranquilo, apesar das longas
subidas (e como eram longas!). O movimento de
veículos motorizado