A chegada à reserva
A divulgação do resultado da seleção
ocorreu no início de março de 2011, quando soube
que faria parte da equipe e viveria a vida dos
muriquis de 1º de junho de 2011 até 31 de julho de
2012. Para dividir essa história comigo, os biólogos
Robério Filho e Pollyanna Campos foram os outros
selecionados; ele de Fortaleza/CE e ela de
Caratinga/MG.
Robério, Pollyana e eu não nos conhecíamos, e o primeiro encontro aconteceu em
Caratinga, quando então fomos juntos para a
reserva. Cinquenta quilômetros depois, chegamos à
RPPN. A estrada que conecta Caratinga à reserva é
de terra e relativamente inóspita. Além disso, o rio
Manhuaçu, um dos maiores afluentes do Rio Doce,
com sua água esverdeada, acompanha a estrada até
a entrada da reserva, gerando uma atmosfera
agradável. Ao chegar, fomos muito bem recebidos
pelos pesquisadores que iriam nos ensinar, durante
dois meses, tudo para manter o bom andamento do
projeto. Nesse momento tive a certeza que não
sairia daquele lugar, ao menos nos próximos 14
meses e pensei “vou viver a base de pão de queijo e
café, além de um bom friozinho!” (Pelo menos foi o
que me falaram!). Mas o “f ɥ