Explora Web Magazine Ano II Volume V | Page 10

A ave-do-paraísovermelha (Paradisea rubra). A direita, um Orangotango na floresta de Bornéu principalmente em relação ao local. Ao analisar seus milhares de registros, Wallace notou uma variação na fauna jamais registrada. Nas ilhas da porção oeste da Indonésia, havia primatas, como o orangotangos e macacos de Sulawesi, e aves como pica-paus e calaus. Nas ilhas a leste, porém, a fauna mudava drasticamente: acabavam-se os primatas e o topo das árvores era dominado por marsupiais pequenos e até mesmo cangurus. Nessa região também viviam as aves mais belas do mundo e que faziam rituais magníficos que nenhum europeu tinha visto até então: as aves do paraíso. Wallace, obcecado por novas e magníficas descobertas e precisando vender animais desejados na Europa, partiu para algumas das terras mais selvagens do planeta em busca destas aves. Porém, quase que a história não acaba bem mais uma vez. Em uma embarcação precária em meio às fortes correntezas da região, Wallace perdeu âncoras diversas vezes, teve membros de sua pequena equipe perdidos em ilhas e quase morreu de Malária e outros males que a vida na floresta traz. Em compensação, viu uma natureza magnífica que, até hoje, poucas pessoas viram e muitos sonham ver. Exemplo disso foram as danças de acasalamento de aves que nem parecem reais. Ao vê-las em um lugar tão distante e de difícil acesso, Wallace concluiu que tamanha beleza não poderia ter sido criada para desfrute dos homens. Dessa viagem, Wallace consegui voltar com toda sua coleção à Inglaterra. Ainda bem! A linha imaginária que hoje divide a fauna do arquipélago malaio ganhou o nome de Linha de Wallace, a região central do arquipélago é hoje chamada de Wallacea e uma das mais raras e belas aves do paraíso ganhou o nome de Wallace's standardwing. Mas mais importante foi a ideia que teve durante uma crise de malária em suas viagens. Wallace, E x p l o r a W e b M a g a z i n e 10