MERCADO DE TRABALHO
São diversas as desigualdades existentes na sociedade brasileira. Uma das mais evidentes refere-se às relações de gênero, menos relacionada à questão econômica e mais ao ponto de vista cultural e social, constituindo, a partir daí, as representações sociais sobre a participação da mulher dentro de espaços variados, seja na família, na escola, igreja, nos movimentos sociais, enfim, na vida em sociedade.
Nas últimas décadas do século XX, presenciamos um dos fatos mais marcantes na sociedade brasileira, que foi a inserção, cada vez mais crescente, da mulher no campo do trabalho, fato este explicado pela combinação de fatores econômicos, culturais e sociais.
Porém, ainda nos tempos atuais, grande parte das mulheres (30%, uma pesquisa realizada pelo catho) ainda recebem um salario inferior aos homens que ocupam o mesmo setor trabalhista. E em outros casos, a mulher ocupa um cargo inferior aos dos homens.
Uma pesquisa feita pela revista Marie Claire, nos mostra a opinião de 3 mil mulheres de 18 a 55 anos, e nos fala que 78% acham que mulheres com uma boa aparência tem mais opções no setor trabalhista, e 68% que acreditam que o homem se sobressai ao pedir por um aumento ou promoção.
A disparidade nos cargos e remunerações ainda é um desafio a ser enfrentado no mercado de trabalho. As mulheres ainda ganham em média 30% menos do que os homens para exercer a mesma atividade e função. Além disso, continuam, mesmo inseridas no mercado de trabalho, responsáveis pelo trabalho doméstico, acumulando funções dentro e fora de casa. Essas e outras questões, como as do assédio sexual, a violência doméstica e sexual, são alvos de discussão das(os) ativistas e simpatizantes do movimento feminista. Esses debates são importantes para o movimento feminista e para a sociedade como um todo, que é composta primariamente por pessoas que devem ter seus direitos garantidos e respeitados.