O autor sofrendo influência do romantismo francês e publicou em 1836, em Paris, ‘Discurso Sobre a Literatura no Brasil’ de parceria com Araújo Porto-Alegre e Torres Homem. Ainda em Paris ele editou a obra Suspiros Poéticos e Saudades, que é considerado o livro que deu inicio ao Romantismo no Brasil. A obra é voltada para poesias religiosas e no prefácio, Magalhães expõe outros assuntos fundamentais do romantismo, em sua primeira fase, como individualismo, sentimentalismo, patriotismo, liberdade de expressão, a natureza, senso da história e evocação da infância. Além disso, lançou "Niterói”, Revista Brasiliense em parceria com os mesmos que o ajudaram com o discurso sobre a literatura brasileira. Nesta obra ele aborda aspectos variados como impressões, monumentos históricos, reflexões sobre a sua pátria, paixões e a vida.
Em 1837 volta para o Brasil sendo chamado de chefe da nova escola, com isso Magalhães foi considerado “a” literatura brasileira durante dez anos, permanecendo na função de criar uma nova literatura no Brasil, que na época era recém independente. Neste período ele volta-se para a produção teatral querendo que a literatura brasileira se firmasse neste âmbito também e assim cria duas tragédias: "Antônio José" ou "O poeta e a Inquisição" (1838) e "Olgiato" (1839).
Considerado o iniciador do Romantismo no Brasil, Gonçalves de Magalhães realizou com êxito sua tarefa de criar uma nova escola literária. E mesmo ele tendo criado a poesia A Confederação dos Tamoios e sendo esta considerada uma obra do arcadismo e criticada pelo autor José de Alencar, Magalhães já soube abordar um assunto que estaria presente nas obras românticas brasileiras, o indianismo. Portanto, vale evidenciar este autor como peça chave para o desenvolvimento do movimento literário no Brasil e sua influência com as raízes européias.