Estima-se que a sala da Ópera tivesse capacidade para 600 pessoas, 38 camarotes e ainda uma tribuna
para a família Real, e ainda récitas duas vezes por semana, às terças e quintas.
O rei, que era, tal como a família, grande amante de ópera, assistia a todas.
A Ópera do Tejo foi inaugurada com Alessandro Nell'Indie de David Perez, para celebrar o aniversário
da rainha D. Mariana Vitória. De acordo com relatos, muitos dos espectadores presentes distraíram-se
durante a peça, devido ao seu deslumbramento para com "a riqueza da casa que era branca, e de muito
ouro em ornatos".
Antes da destruição desta Ópera, foram estreadas ainda duas óperas de Antonio Mazzoni, com libretos
de Pietro Metastasio: La
clemenza di Tito (a 6 de Junho, por ocasião do aniversário do rei D. José I) e Antigono (a 16 de Outubro).
Outra ópera, Artaserse, estaria ainda planeada para o início de Novembro de 1755, não tendo sido
possível a sua estreia na Real
Casa da Ópera, devido à destruíção da mesma pelo terramoto ocorrido no mesmo ano.
Relativamente ao edifício da Ópera, há vários estudos e obras publicadas sobre este tema, entre elas
“Ressuscitar a Ópera do Tejo”, de Aline Gallasch-Hall.
Foi já na regência de Dom João VI, Príncipe do Brasil (futuro Dom João VI), que, em 1793, inaugura-se o
Teatro Nacional de São Carlos, com a ópera La Ballerina Amante, de Cimarosa, no ano seguinte o mesmo
rei inaugura no Porto o Teatro Nacional São João.
JANEIRO
2018
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EUFONIA
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