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Era nosso. Devia ter sido nosso
Terminou. Uma das mais belas histórias do futebol chegou ao fim.
De partida para as Caldas da Rainha, o lugar que naquele dia era o centro do mundo, sentia que ia ser um dia para
recordar. Que com a sorte da vida iríamos conseguir estar no segundo estádio mais bonito de Portugal – o Jamor.
Assim que chego vejo uma placa que me chama a atenção. Lá está escrito “Mata Encantada” e aí pensei: “Tem de dar para
nós. Não pode não dar”.
Não faltaram as roulottes, o porco no espeto, as bifanas, as imperiais e o hino do Caldas SC a tocar. Ali velhos conhecidos,
que há anos não saíam de casa para ir à bola, e as novas gerações da cidade se juntaram com um sonho em comum: ir
ao Jamor. Por metro quadrado viam-se cachecóis com décadas de existência e que estavam guardados para momentos
como este, em que a alegria reinou e não havia ninguém que não estivesse a sorrir.
Era nosso. Tinha de ser nosso.
Entre centenas de pessoas íamos tentando entrar no estádio e ocupar no lugar que nos era destinado, lugar esse que só
foi possível graças à boa vontade de uma c