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Os atletas paralímpicos receberam “sinal verde” para usar o Complexo Esportivo da UFT.

Atletas e instituições demonstram a importância do

esporte para deficientes

A presidente do Instituto Reviver, Soraia Tomaz, idealizou o projeto Jogos Inclusivos de Palmas e destacou que ele surgiu da carência que os atletas portadores de necessidades especiais têm de um evento que abrisse o caminho para outras competições a nível do Comitê Paralímpico Brasileiro.

O Instituto Reviver, que é um centro de atividades de inclusão para pessoas com deficiência, promove eventos que façam a diferença na vida delas. “Nós temos uma pista oficial, temos os garotos, temos os profissionais de educação física, temos os pais que apoiam e o Instituto Reviver”, explica Soraia.

Os atletas receberam “sinal verde” da Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários da UFT para usarem o Complexo Esportivo para treinarem visando outras competições. No entanto, no Tocantins há uma grande carência de competições para estas pessoas.

“Nós temos uma pista oficial, temos os garotos, temos os profissionais de educação física, e o instituto reviver que apoiam”

A Fundação Municipal do Esporte e Lazer explicou que os esportes e competições voltados às pessoas com deficiência na capital são uma novidade que vem ganhando espaço aos poucos.

O número de atletas paralímpicos ainda é baixo para se fazer as competições de grande porte. Por isso, deve haver maior incentivo, tanto do poder público, quanto da população como um todo, levando assim, maior interesse de patrocinadores.

Em parceria com o Instituto, instituições de ensino de Palmas realizaram os primeiros Jogos Inclusivos de Palmas no dia 10 de abril. Um avanço para essa realidade relatada.

Alguns atletas paralímpicos que estiveram nos jogos, participam de outras competições pelo Brasil, como o jovem Domingos Ferreira, paratleta que já ganhou algumas medalhas. “Eu já competi aqui em Palmas ano passado, ganhei em primeiro lugar nos “100” e no dardo. Depois fui classificado para o nacional em São Paulo, fiquei em 4° lugar nos 100 metros e 2° lugar no dardo”, contou ele. O pouco incentivo financeiro que os atletas dispoem, mostra a capacidade dos mesmos em ganhar titulos, ou seja, com o pouco se faz muito juntando a força de vontade e determinação. O apoio dos parentes e amigos nas competições é muito importante, uma vez que essa torcida serve como estimulo para o atleta fazer o melhor durante as competições, e sair de lá com o resultado positivo.

A ideia é preparar os jovens para competições a nível do Comitê Olímpico.

O professor Francisco, é autor de vários projetos ligado à libras. Ele começou em sua residência e depois se expandiu, percebeu que as aulas se tornaram mais didáticas.

Um de seus alunos surdos chamado Ítalo é destaque em matemática e sempre que pode comparece para ajudar os colegas . Atualmente o projeto é mantido principalmente com recursos próprios, gira em torno de doações, parcerias entre amigos e conta com ajuda de alguns representantes públicos. A estrutura onde desenvolve ainda é mínima, porém as crianças são motivadas e dispostas a aprender.

O professor relembra que certa vez foi pedir ajuda a um dos vereador de Palmas, um patrocínio de uma bola de futebol para o projeto ( tinha apenas uma bola). E foi taxado como “Pidão” e não recebeu a bola. “A bola não era para mim era para o projeto”, explica.

O professor afirma que, conclui Francisco.

Palmas tem se tornado cada vez mais ligada ao esporte, mas a acessibilidade não vem andando lado a lado