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Minas Gerais é o Estado com a menor proporção de crianças do 3º ano do ensino fundamental com níveis insuficientes de aprendizado. A constatação está na Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, divulgada ontem. O destaque, porém, não é exatamente sinônimo de bom desempenho, pois a média nacional é baixa. No Brasil, mais da metade dos estudantes que fizeram o exame não sabe fazer conta de adição e subtração.

O resultado mineiro não representa melhora, mas estagnação. No levantamento, 37% dos alunos não passam do nível básico para leitura, contra 31% na avaliação anterior, de 2014. Na comparação com o restante do país, o índice sobe. No Brasil, 54,7% das crianças não alcançaram o considerado suficiente.

Os dados são preocupantes e podem afetar a trajetória escolar do aluno, dizem especialistas. “É um avanço lento, que está aquém do que se espera. Falta muito para atingir o necessário para a educação e alfabetização de qualidade”, afirma o pedagogo Carlos Roberto Jamil Cury.

O ensino, por exemplo, precisa ser atrativo, reconhecendo o que as crianças já sabem, e a partir daí ajudá-las a avançar no conhecimento de leitura, escrita e matemática. “A escola deve se preocupar em considerar o que é importante para a vida fora da própria escola também. O contexto não pode ser artificial”, afirma Alessandra Latalisa de Sá, coordenadora do curso de pedagogia da Universidade Fumec.

Minas lidera desempenho em aprendizagem no país, mas média nacional é baixa