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UM LUZ NO FIM DO TÚNEL

A segunda melhor média no Enem de 2015 na cidade, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte Campus Mossoró alcançou 600,9 pontos, reafirmando as esperanças nos colégios federais. O bom desempenho no Enem estava estampado no rosto do jovem aluno Alex durante entrevista à Educa+. O estudante enalteceu a boa estrutura física do colégio, bem como a qualidade dos professores e o suporte dado de diversas maneiras, desde os CA’s que ajudam alunos com dificuldades até os laboratórios de música, física e química entre outros, que fazem a diferença para uma boa aula.

Ana Maria, professora de história da instituição, acredita que o IFRN tem alguns diferenciais das outras escolas de ensino médio públicas de Mossoró, como a excelente qualificação dos professores, muitos têm mestrado e doutorado e são concursados, o estímulo dado para que o professor realize pós-graduação, as boas condições de trabalho e a carga horária que permite o professional ter mais tempo para pesquisar e planejar.

Ao ser questionada sobre os desafios para a educação pública, Ana defende que a boa qualidade do IFRN mostra o retorno dos notáveis investimentos feitos. É preciso, segundo a professora, haver mais investimento na educação, melhoria na infraestrutura das escolas, pagamento em dia dos funcionários e oferecimento de boas condições de trabalho para os mesmos.

A Educa+ também conversou com o diretor de apoio acadêmico, Hélio Nogueira, que ressaltou a importância do governo definir prioridades nesse cenário de fragilidade econômica e a educação deve ser uma delas, sem falar que ela não é gasto, e sim investimento.

DE OLHO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

O Índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB) é calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática, avaliados pela Prova Brasil, e no fluxo escolar, ou seja, a taxa de aprovação dos alunos.

Em todo o Brasil, a boa qualidade da educação pública é assunto de alunos, professores, políticos e especialistas. Segundo dados do MEC, o IDEB de 2015 nos anos iniciais do ensino fundamental público é de 5,3, já nos anos finais a média cai para 4,2. A média nacional do ensino médio é ainda menor: 3,4 pontos.

Em Mossoró, o IDEB 2015 nos anos iniciais é de 5,2, acima da meta estipulada (4,6 pontos). Nessa etapa escolar, a cada 100 alunos, apenas 8 não foram aprovados. Já nos anos finais, o índice é de 3,7, meio ponto abaixo da meta. O bom fluxo nos anos iniciais não se repete nos anos finais. Nestes, a cada 100 alunos, 26 foram reprovados.

Os números indicam o desafio enfrentado pelas escolas em manter os “bons índices” dos anos iniciais. O bom desempenho dos alunos no ensino fundamental é determinante para a aprendizagem no ensino médio. Falando de ensino médio, a média nacional do IDEB vem crescendo timidamente na rede pública e caindo nas escolas particulares. Abaixo, é possível ver a evolução das médias do IDEB no ensino fundamental e médio entre 2011 e 2015.

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