Maio / Junho 2023 | A Voz dos Reformados 5
6 .º Piquenicão do MURPI
O aumento intercalar das pensões é pouco !
tes espaços de ocupação saudável dos tempos livres para todos aqueles e aquelas que nelas participam , que lhes dão forma , escolhem repertórios , ensaiam e se orgulham de mostrar os seus resultados , em todos os espaços para onde são convidados », reforçou a dirigente , exigindo do Poder Central « apoios financeiros » para a acção dos grupos culturais das associações de reformados , de forma a que « os que existem possam manter a sua actividade » e outros « possam ser criados em todo o País ».
Instabilidade e incerteza Isabel Gomes falou também da « instabilidade e incerteza » que marca o quotidiano dos portugueses , quando « falta » dinheiro « para comprar a alimentação e pagar as despesas básicas como habitação , o gás ou a electricidade ». « Não é justo nem aceitável que para alguns haja milhões , enquanto para nós , muitas vezes , nem tostões », criticou , lembrando que o MURPI , as suas federações e associações « têm desenvolvido uma forte ação de esclarecimento e mobilização dos reformados , pensionistas e idosos em torno da exigência de reposição do poder de compra de todas as pensões , da criação de um cabaz de bens e serviços essenciais com preços controlados , mas , igualmente , pela criação de um imposto extraordinário sobre os lucros ». O MURPI tem ainda intervido em defesa do SNS ,
« É pela luta dos reformados , pensionistas e idosos que afrontamos uma política que não dá resposta aos nossos anseios e direitos », afirmou Isabel Gomes , presidente do MURPI , dando como exemplo a recente decisão do Governo de proceder a um aumento intercalar a partir de 1 de Julho , que é resultado « das muitas lutas que realizámos , em que trouxemos os reformados para a rua e lhes demos a confiança necessária para que não ficassem resignados ». Para isso também contribuiu o abaixo-assinado dinamizada por um conjunto de peticionários , com o apoio do MURPI e da Inter-Reformados / CGTP-IN , que recolheu mais de 12 mil assinaturas . « O aumento intercalar de 3,57 por cento é pouco ! Insistimos num aumento mínimo de 60 euros para todas as pensões », acentuou a dirigente , informando que o Governo « não só não faz este aumento intercalar de forma retroativa a Janeiro », como « ele não será pago integralmente no subsídio de férias e de Natal ».
Inaceitável Em comunicado já divulgado , o MURPI considera esta decisão « inaceitável », exigindo , por isso , que
os 3,57 por cento de aumento no subsídio de férias seja pago em Julho . De acordo com a legislação aplicável ( Art .º 41 .º do Decreto-lei 187 / 2007 de 11 / 05 ), os pensionistas têm direito a receber no mês de Julho de cada ano , além da pensão mensal , um montante adicional de igual quantitativo . Tal significa que os reformados e pensionistas têm o direito de em Julho receberem as suas pensões aumentadas em 3,57 por cento e de receberem igual aumento no respetivo subsídio de férias . De igual modo , deverão receber em Dezembro o aumento de 3,57 por cento no respetivo subsídio de Natal .
da habitação , « para que cada reformado possa viver debaixo de um tecto em que se sinta em casa , com conforto e segurança », e da mobilidade e do transporte público em todo o País . No palco estiveram também os dirigentes do MUR- PI : Joaquim Gonçalves , presidente da Federação de Setúbal , Augusto Barbosa , presidente da Federação do Porto , e Manuel Passos , vice-presidente da Confederação . O momento contou com a presença de
uma delegação do PCP , composta por Fernanda Mateus , da Comissão Política , Alma Rivera , deputada na AR , e Diogo d ’ Ávila , do Comité Central . Em representação da CGTP-IN esteve Arlindo Costa . Além de Benavente , o Piquenicão do MURPI já aconteceu em Beja , Mora , Montemor-o-Novo , Alpiarça , Marinha Grande , Seixal , Corroios , Crato , Grândola , Cuba , Lisboa e Almada , em algumas destas localidades mais do que uma vez .