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d ú s t r i a
d e
m á q u i n a s
Manufatura lean, atualização tecnológica
e modelos compactos e versáteis
Importantes marcas da indústria de máquinas de cons-
trução comentou à revista O Empreiteiro sobre o atual mer-
cado e as perspectivas. Além disso, abordou as ações adota-
das para se adaptar à retração do setor.
Walter Rauen, CEO
da Bomag Marini La-
tin America, destacou
que a empresa preci-
sou se adequar ao novo
contexto do mercado
“otimizando os depar-
tamentos para tornar a
comunicação e os pro-
cessos mais ágeis. Na
área produtiva imple-
mentamos um projeto de
eficiência operacional”.
Segundo ele, neste
projeto foram aplicadas metodologias de lean manufactu-
ring, o que gerou redução de custos operacionais, redução
de lead time e maior sinergia ente áreas. “Com relação a pe-
ças e serviços, trouxemos a expertise em retrofit do Grupo
Fayat e criamos uma área dedicada a este segmento. Isto
nos permitiu oferecer e executar completas modernizações
para os clientes que querem um equipamento mais atual,
mas não pretendem fazer uma nova aquisição”, relata.
O executivo avalia que as expectativas atuais são positi-
vas, apesar da economia brasileira ainda mostrar “sinais de
recuperação muito tímidos”. Ele crê que as concessionárias
privadas deverão dar impulso aos investimentos, pois por
contrato tem que cumprir exigências de obras e melhorias.
Usina de asfalto Titanium, da Bomag, com aplicações variadas
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| J a n e i r o 2018
Sobre a marca, Walter conta que a Bomag continuou
inovando: “No início do ano lançamos novos modelos de
equipamentos com diversas atualizações de sistemas e a in-
clusão de componentes em comum e elementos modulares
entre os modelos de uma mesma linha, o que facilita a sua
produção e o estoque de componentes”.
Sobre as tendências no setor de máquinas, ele expõe que
máquinas inteligentes, segurança operacional e serviços 4.0
e digitalização serão os pilares da geração de produtos da
marca. No caso das usinas de asfalto, as tendências são o
crescimento de aplicação de material reciclado na produção
de misturas asfálticas, o uso crescente de asfaltos modifi-
cados com a adição de fibras e polímeros, por exemplo, e a
evolução dos sistemas de automação.
Herbert Waldhuetter,
diretor da America Latina
da Vermeer, afirma que
investiu em um novo sis-
tema integrado de gestão
na empresa e passou a ter
maior controle sobre o
seu orçamento. Também
intensificou outros servi-
ços como venda de peças,
contratos de manutenção,
venda de usados, trade-in,
capacitação dos colabo-
radores e treinamentos para os clientes.
O executivo acredita também que as concessionárias pri-
vadas de infraestrutura serão as principais investidoras em
obras nos próximos anos.
A Vermeer pretende lançar no mercado ferramentas di-
gitais de produtividade, soluções em telemática, e softwa-
res de projetos e planejamento de perfuração horizontal por
método não destrutivo. “A automação e digitalização do
canteiro de obra vão trazer um novo futuro na produtivida-
de, custo e qualidade das obras. As tecnologias de precisão
já aplicadas no setor agrícola e mineração deverão entrar no
mercado de construção, mesmo que lentamente”, menciona.
Sam Shang, vice-presidente da XCMG Brasil, contou que,