Edição 565 Janeiro 2018 | Page 18

I n d ú s t r i a d e m á q u i n a s Manufatura lean, atualização tecnológica e modelos compactos e versáteis Importantes marcas da indústria de máquinas de cons- trução comentou à revista O Empreiteiro sobre o atual mer- cado e as perspectivas. Além disso, abordou as ações adota- das para se adaptar à retração do setor. Walter Rauen, CEO da Bomag Marini La- tin America, destacou que a empresa preci- sou se adequar ao novo contexto do mercado “otimizando os depar- tamentos para tornar a comunicação e os pro- cessos mais ágeis. Na área produtiva imple- mentamos um projeto de eficiência operacional”. Segundo ele, neste projeto foram aplicadas metodologias de lean manufactu- ring, o que gerou redução de custos operacionais, redução de lead time e maior sinergia ente áreas. “Com relação a pe- ças e serviços, trouxemos a expertise em retrofit do Grupo Fayat e criamos uma área dedicada a este segmento. Isto nos permitiu oferecer e executar completas modernizações para os clientes que querem um equipamento mais atual, mas não pretendem fazer uma nova aquisição”, relata. O executivo avalia que as expectativas atuais são positi- vas, apesar da economia brasileira ainda mostrar “sinais de recuperação muito tímidos”. Ele crê que as concessionárias privadas deverão dar impulso aos investimentos, pois por contrato tem que cumprir exigências de obras e melhorias. Usina de asfalto Titanium, da Bomag, com aplicações variadas 18 | | J a n e i r o 2018 Sobre a marca, Walter conta que a Bomag continuou inovando: “No início do ano lançamos novos modelos de equipamentos com diversas atualizações de sistemas e a in- clusão de componentes em comum e elementos modulares entre os modelos de uma mesma linha, o que facilita a sua produção e o estoque de componentes”. Sobre as tendências no setor de máquinas, ele expõe que máquinas inteligentes, segurança operacional e serviços 4.0 e digitalização serão os pilares da geração de produtos da marca. No caso das usinas de asfalto, as tendências são o crescimento de aplicação de material reciclado na produção de misturas asfálticas, o uso crescente de asfaltos modifi- cados com a adição de fibras e polímeros, por exemplo, e a evolução dos sistemas de automação. Herbert Waldhuetter, diretor da America Latina da Vermeer, afirma que investiu em um novo sis- tema integrado de gestão na empresa e passou a ter maior controle sobre o seu orçamento. Também intensificou outros servi- ços como venda de peças, contratos de manutenção, venda de usados, trade-in, capacitação dos colabo- radores e treinamentos para os clientes. O executivo acredita também que as concessionárias pri- vadas de infraestrutura serão as principais investidoras em obras nos próximos anos. A Vermeer pretende lançar no mercado ferramentas di- gitais de produtividade, soluções em telemática, e softwa- res de projetos e planejamento de perfuração horizontal por método não destrutivo. “A automação e digitalização do canteiro de obra vão trazer um novo futuro na produtivida- de, custo e qualidade das obras. As tecnologias de precisão já aplicadas no setor agrícola e mineração deverão entrar no mercado de construção, mesmo que lentamente”, menciona. Sam Shang, vice-presidente da XCMG Brasil, contou que,