Edição 562 Julho/Agosto revistaOE562_V2b_11OUT | Page 102
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Sabesp inicia pro�rama de obras de R$ 1 bi
Au�usto Diniz
A Sabesp iniciou renovação da infraestrutura de
abastecimento. Serão no total de 25 a 30 obras, a se-
rem licitadas até o final do ano, informa Alex Orellana,
gerente do departamento de Gestão do Programa de
Redução de Perdas da empresa de saneamento paulista.
A previsão é de que as execuções terminem em 2019.
Alex explica que a empresa encerrou a primeira
etapa do programa com a realização de serviços de re-
paros. “Tratam-se de ações rotineiras”, diz.
A segunda etapa, que está em andamento, refere-se
a duas frentes de trabalho. A primeira, de acordo com o
engenheiro, relaciona-se à substituição das tubulações mais antigas que abastecem os bairros da capital e
de municípios atendidos pela empresa na Região Metropolitana de São Paulo, no interior e litoral.
Ao todo, serão trocados 640 km de redes. Nessa frente, já há uma obra em execução na Zona
Leste da capital (Vila Matilde e Artur Alvim). Serão de 18 a 20 licitações de obras no trabalho de
substituição de tubulações.
A outra frente refere-se à implantação da infraestrutura de gestão operacional. O engenheiro explica
que serão instalados macromedidores de volume, válvulas redutoras de pressão e “boosteres” (estações
de bombeamento), além da adequação de setores de abastecimento – o que pode gerar a construção de
um reservatório ou a transferência do abastecimento de parte do bairro para outro setor.
“Há troca de tubulação (nessa frente), mas em bem menor escala”, afi rma Alex. Nesse caso,
pode chegar a 10 o número de licitações.
“Essas variações de obras são porque estamos estudando ainda como cumprir a etapa. Mas até
o fi nal do ano devemos licitar todas”, explica. O investimento total poderá chegar a R$ 1 bilhão
fi nanciado pela Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão).
O gerente da Sabesp conta que todos os projetos a serem executados já haviam sido elaborados
há três anos. A companhia informa que realiza anualmente a substituição de redes antigas, mas o em-
préstimo japonês vai acelerar o ritmo das ações com o objetivo de reduzir o índice de perdas de água.
TROCA DE TUBULAÇÃO
Na troca de tubulação das redes, a Sabesp optou pelo uso de duas metodologias não-destruti-
vas: pipe bursting e perfuração horizontal direcional (HDD). “Queremos impactar o menos possível
nas vias”, menciona o gerente do departamento de Gestão da empresa.
O pipe bursting é o método onde uma broca é inserida na antiga tubulação, puxando o cano
novo, de PEAD. No caso da HDD, trata-se de instalação de tubulação nova, abandonando a antiga.
A primeira obra que começou na Zona Leste de São Paulo visa baixar o índice de perdas na
região, que hoje está em 40%, para cerca de 20%. O trabalho é dividido em duas áreas e consiste
em substituir as redes de abastecimento, já que mais de 90% delas têm quase 50 anos.
O investimento nessa primeira obra é de R$ 5,7 milhões para a troca de 17 km de tubos e quase
2.400 ligações de água.
As próximas áreas benefi ciadas com obra