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N e w s l e t t e r G l o b a l
a enorme escassez de mão de obra no país. O acordo, assinado em Pequim, seguiu anos de negociação.
O ministro da Habitação, Yoav Galant, disse que a grave escassez de trabalhadores nos últimos anos levou a uma desaceleração na construção de moradias. Ele previu que a entrada em larga escala de trabalhadores chineses irão acelerar as obras e reduzirão os custos a serem repassados ​aos novos moradores.
De acordo com o ministério de Finanças de Israel, 6 mil trabalhadores chineses virão a Israel dentro de seis meses. O número aumentará em etapas até 20 mil dentro de alguns anos. Atualmente, estima-se que há 9.500 trabalhadores estrangeiros em Israel, sendo pouco mais de um terço proveniente da China. Os outros são principalmente da Bulgária, Ucrânia, Roménia e Moldávia. Além disso, o governo israelense no ano passado aumentou o número de trabalhadores palestinos para 60 mil.
O acordo vai pôr um fim ou reduzir drasticamente as altas taxas de comércio ilegal de trabalhadores estrangeiros que tem caracterizado o setor naquele país. A Associação de Construtores de Israel saudou o acordo. Um porta-voz da associação disse que“ pelo menos 30 mil trabalhadores são necessários para atender aos ambiciosos planos de construção do governo”, acrescentando que os trabalhadores estrangeiros são cruciais.
O acordo vem apenas dois meses depois que o governo israelense escolheu empresas chinesas e portuguesas para começar a construir habitações multifamiliares.
Dois consórcios irão construir uma hidrelétrica na África
Rio Kagera na altura onde será construída a hidrelétrica
Dois consórcios liderados por empresas estrangeiras foram vencedores de contratos para construir a hidrelétrica de Rusumo, de 80 MW, na África Oriental, que visa a reduzir os custos de eletricidade e promover o uso de energia renovável na Tanzânia, Ruanda e Burundi. O valor total do projeto é de US $ 468 milhões e o empreendimento fica localizado em uma queda no rio Kagera, na fronteira entre Tanzânia e Ruanda. A usina será a fio d’ água.
A Rusumo Power escolheu o consórcio formado pela alemã Andritz Hydro GmbH e a Andritz Hydro da Índia para a realização de projeto, fornecimento, instalação e comissionamento dos equipamentos eletromecânicos para geração de energia na usina.
Também foi escolhida a joint venture formada pelos grupos chineses CGCOC e Jiangxi Water & Hydropower Construction para projetar, fornecer e instalar equipamentos hidromecânicos na usina.
O projeto hidrelétrico Rusumo receberá US $ 340 milhões em financiamento do Banco Mundial. Há também financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento, de US $ 121 milhões, envolvendo a construção de três linhas de transmissão para cada país envolvido no projeto.
A eletricidade a ser gerada a partir da usina, que deverá ser concluída em 36 meses, será dividida igualmente entre os três países. Ao final da obra, Burundi, Ruanda e Tanzânia esperam aumentar o número de pessoas com acesso à eletricidade em 5,4 %( 520 mil pessoas), 4 %( 467 mil) e 0,34 %( 159 mil), respectivamente.
Westinghouse e Fluor prometem tirar o atraso de projeto nuclear
Na primavera passada, no canteiro de obras da usina nuclear Vogtle, perto de Waynesboro, na Geórgia, nos Estados Unidos, executivos da Georgia Power, seus principais empreiteiros e fornecedores se reuniram para se comprometerem publicamente sobre a expansão da usina nuclear de US $ 16 bilhões. Com pelo menos três anos de atraso e bilhões de dólares acima do orçamento original, o esforço- o primeiro projeto americano desse tipo em décadas – virou marco dos questionamentos dos projetos nucleares no país.
Executivos da Westinghouse e da Fluor, que representam a equipe de contratação que assumiu o projeto há um ano( da CB & I), prometeram fazer o que já haviam contratualmente acordado: entregar os serviços em junho de 2019 e, em 2020, comissionar as unidades Vogtle 3 e 4( as unidades 1 e 2 já operam e fazem parte da usina até então existente).
A Georgia Power também informou que a Westinghouse e a Fluor desenvolveram um plano que compreende 108 ações propostas para melhorar o desempenho da construção. Dessas ações, 47 referem-se à gestão e supervisão de projetos e 17 ao trabalho de campo.
Projetos de usina nuclear têm sido sistematicamente questionados no mundo por conta de seus altos custos e riscos. Com o projeto de Geórgia atrasado e custos iniciais estourados, as incertezas da iniciativa já atingiram elevados índices nos Estados Unidos, recebendo críticas de todos os lados. Neste cenário, antigas usinas nucleares vêm sendo desligadas pelas empresas operadoras por causa dos seus custos operacionais elevados, frente às outras fontes, como gás natural.
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