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ENRGlobalInsider
China impõe imposto de poluição sobre indústrias pesadas
Depois de décadas de crescimento desordenado, a China criou uma nova lei para taxar a indústria pesada por sua poluição. O Comitê Permanente do Congresso Nacional Popular, que é a unidade de tomada de decisão do parlamento chinês, disse que o novo Imposto de Proteção ao Meio Ambiente entraria em vigor em 1 º de janeiro de 2018, dando tempo às indústrias locais e governos provinciais se ajustarem à legislação.
Porém, analistas dizem que a China aguarda posição do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o acordo climático de Paris, para depois tomar uma decisão em definitivo sobre o assunto. Se a administração Trump interromper o acordo climático, a China repensaria sobre o Imposto de Proteção ao Meio Ambiente.
Wang Jianfan, diretor do departamento de política fiscal do ministério das Finanças de Pequim, disse que a nova lei substituiria a“ taxa de descarga de poluentes”, que estava sendo mal utilizada pelos governos provinciais.“ A nova lei reduzirá a interferência do governo”, avalia Wang.
Tan Yunming, professor da Universidade Central de Finanças e Economia, fez eco às opiniões do governo, dizendo:“ A futura lei deve elevar os custos operacionais dos poluidores e, assim, forçá-los a atualizar a tecnologia e mudar para uma produção mais limpa”.
Yuan Ying, gerente do escritório do Greenpeace East Asia em Pequim, disse que, embora as multas não sejam suficientemente avançadas, a lei constituiu“ um progresso significativo no combate aos problemas de poluição”.
Começam as obras do metrô de Melbourne
A John Holland, empresa australiana de engenharia e construção, fechou contrato para execução de trecho de túnel do metrô em Melbourne, na Austrália. O trabalho inclui a escavação do túnel, com dois poços a 35 m de profundidade cada, adjacentes à Swanston Street, localizado no centro da capital do Estado de Victoria.
As obras do metrô de Melbourne, de US $ 11 bilhões, é o maior projeto de engenharia realizado no estado de Victoria. A partir de 2018, será firmada uma parceria público-privada para continuidade dos trabalhos que envolvem a construção de 9 km de túneis gêmeos, implantação de sistemas, construção de cinco estações, dentre outros serviços.
Stephen Shaddock, diretor das obras da Melbourne Metro Rail Authority, diz a que“ construção dos poços é um trabalho incrivelmente complexo, no meio de um movimentado centro financeiro. Estamos cavando poços a 35 m de profundidade no coração da cidade”.
Shaddock disse ainda que o contratante do projeto escolheu métodos de escavação e equipamentos para superar a complexa geologia de Melbourne. As condições de solo incluem rochas de basalto, além de argila e sedimentos.
“ Nós também identificamos um enorme volume de serviços essenciais a serem feitos no subsolo, ao longo do corredor do túnel e perto dos locais de estação, antes que os principais trabalhos de construção entrem em andamento”, acrescenta Shaddock.
O cronograma para a construção dos poços sob a Swanston Street é estimado em cerca de cinco anos.
Chineses revelam plano de expansão de trens de alta velocidade
A China anunciou plano para aumentar seu serviço ferroviário de alta velocidade, acrescentando 30 mil km de linhas às 20 mil km atuais, até 2020. O país já detém 65 % da rede de TAV no mundo.
A linha ferroviária de alta velocidade mais longa do mundo, de 2.252 km, que liga as cidades de Xangai e Kunming, começou o serviço no final de dezembro. Também foram lançadas as obras de outro ramal ligando as cidades de Kunming e Nanning.
As autoridades de Pequim anunciaram que a primeira linha de TAV adotando a tecnologia de levitação magnética operará em 2017. Os testes de novos trens já começaram. A linha inicial cobrirá 10 km e oito estações. A cidade terá 10 trens desse tipo, cada um capaz de transportar mil passageiros. Os trabalhos de construção começaram em 2011 em meio ao debate público sobre os riscos envolvidos.
O país tem agora 124 mil km de trilhos de velocidades variadas. A Comissão Nacional de Reformas de Desenvolvimento prevê que a rede total cresça 175 mil km até 2025. Um dos efeitos dessa notícia foi a alta dos preços do minério de ferro.
Governos assinam acordo de importação de trabalhadores
Os governos israelense e chinês concordaram em importar até 20 mil trabalhadores da construção civil para Israel e aliviar
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10 | O Empreiteiro | Dezembro 2016 / Janeiro 2017