Edição 11 | Page 21

Multidisciplinary Scientific Approach to the UFO Phenomenon" (Objetos Voadores Identificados: Uma Abordagem Científica Multidisciplinar ao Fenômeno OVNI), desafia os leitores a considerarem novas possibilidades para encarar a origem do fenômeno ufológico enquanto cultivam discussões sobre nossa compreensão cada vez maior da viagem no tempo.

O currículo acadêmico do Michael Paul Masters dispensa comentário como vimos. Sendo assim, acredito que vocês estão com muita vontade de conhecer um pouco mais a abordagem de pesquisa dele para com o Fenômeno UFO e desde já adianto que sua abordagem é bem original e consistente como veremos agora na entrevista que fiz com ele. Vamos lá?

Michael, primeiramente gostaria muito de agradecê-lo por ceder esta entrevista. Como um antropólogo acaba se interessando por este tema? Quando começou seu interesse pelo Fenômeno UFO?

Obrigado pelo seu interesse no projeto. Fico feliz em ver que tantas pessoas e grupos ao redor do mundo estão começando a considerar esta explicação “extratempestre” (humanos que viajam no tempo) para o fenômeno OVNI.

Você é autor do livro “Identified Flying Object: A Multidisciplinary Scientific Approach to the UFO Phenomenon”. Poderia nos falar um pouco melhor sobre seu livro?

Sim, este livro é o resultado de um projeto de pesquisa interdisciplinar de 7 anos, e seu principal objetivo é examinar a premissa de que 'OVNIs' e 'Aliens' são nossos descendentes humanos distantes, retornando do futuro para estudar seu próprio passado evolutivo hominídeo.

Essa noção me ocorreu aos oito anos de idade. Lembro-me de olhar na prateleira da sala e ver a capa de um livro intitulado "Communion", de Whitley Strieber. Na capa, havia uma foto do alienígena cinza arquetípico (embora o artista o desenhasse com uma testa menor do que Strieber se lembrava de ter visto). De qualquer forma, esse "alienígena" por excelência tinha uma cabeça grande, olhos grandes, rosto pequeno, queixo estreito e orelhas pequenas. Naquela época, lembro-me vividamente de ter visto uma imagem na minha cabeça, que englobava três formas separadas visualizadas juntas. No lado esquerdo havia algo parecido com um chimpanzé, no meio havia um humano moderno e, no lado direito, aquela criatura alienígena na capa do livro. Isso me fez pensar se todos nós poderíamos estar relacionados, já que compartilhamos tantos recursos comuns. Embora esse cenário seja atualmente hipotético, o mais importante é que é uma hipótese testável e refutável. Isso também é algo que a distingue da hipótese extraterrestre, que assume que essas naves e os seres internos se originam em um sistema solar diferente em algum outro lugar do universo. Mais especificamente, esse modelo de viagem no tempo é testável pelo próprio tempo, pois a existência continuada da humanidade permite que a hipótese seja testada e refutada também. De fato, mesmo se nos aniquilarmos - ou formos aniquilados por alguma força externa - a hipótese ainda foi testada e verificada, apesar do fato de que não restaria mais ninguém para saber.

Justamente no livro você aborda o tema da viagem no tempo. Esse assunto é bem complexo, tanto que muitos cientistas se interessaram por ele, como Albert Einstein e Stephen Hawking, para não citar outros. A viagem no tempo implica em algumas questões como a relatividade geral de Einstein, paradoxo do avô, implicações no espaço-tempo e etc. Hawking no seu livro “The Universe in a Nutshell” (O Universo numa casca de noz) diz que mesmo a civilização mais avançada só poderia curvar o espaço-tempo numa região finita do universo. Na sua opinião, seria possível viajarmos no tempo? Como resolver essas implicações?

A questão específica da viagem no tempo para o passado foi abordada com otimismo cauteloso por muitos pesquisadores em física, filosofia, história, antropologia e outros campos, embora com o ocasional pessimismo firme e duro de outros. No entanto, alguns pontos em comum começaram a surgir entre os dois campos. Essa área de acordo concentra-se

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