Ed. 320 - completa Setembro / Outubro - 2020 | Page 28

SOLUÇÕES termocolantes O Grupo Elasto nasceu em 1997, quando a Póplast foi criada com foco na produção de resinas micronizadas para aplicação na indústria calçadista, entre outras. Valendo-se da experiência adquirida no mercado de resinas micronizadas e peças rotomoldadas, e do conhecimento profissional dos sócios na área de extrusão de filmes, foi fundada, em 2008, a Elastosul Filme com o objetivo de atender a uma nova tendência no mercado de dublagem de tecidos entre outros segmentos. Tendo conquistado os mercados interno e externo como um dos maiores produtores de termofilmes adesivos, surgiu a necessidade de ampliação e, em 2013, nasceu a Elastonordeste Filmes. O grupo todo vem trabalhando no desenvolvimento de soluções tecnológicas na fabricação de termofilmes adesivos cuja utilização, cada dia mais, substitui a aplicação de resinas micronizadas e adesivos líquidos bem como outros processos de união de materiais como costura, por exemplo. O agente comercial, Renner Boll, salienta que os desenvolvimentos termoadesivos são largamente utilizados para calçados, artigos de moda, etiquetas e outros setores, como automobilístico, de decoração e blindagem. Para o segmento calçadista, o destaque é o filme em PU para a união de materiais e impermeabilização. “Em torno de 70% da produção vai para o setor calçadista”, comenta Renner, lembrando que o segmento de etiquetas coláveis tem crescimento neste nicho, pela vantagem de não necessitar de costura para ser aplicado. FOTOS LUÍS VIEIRA Reciclagem como aposta mercadológica Salientando que atualmente a procura por soluções sustentáveis ou tecnológicas cresceu muito entre as indústrias da moda, o diretor comercial da MS Têxtil, José Sperandio, comenta que a empresa aposta no desenvolvimento de produtos feitos a partir de matérias-primas recicladas pois, quando o ciclo é fechado, se evita o desperdício dos materiais. Seguindo essa filosofia de produção consciente, oferece uma linha de artigos compostos basicamente de poliéster reciclado e elastano de borracha reciclada com fibras de juta. Dessa forma, segundo José, o cabedal, após o descarte, pode facilmente ser transformado em um novo fio, para ser utilizado na fabricação de outra base que vai se compor um novo calçado. “O material disponibilizado está em estudo junto a marcas de expressão e a intenção é que chegue a significar em torno de 50% da produção de componentes da marca”, destaca. 28 • setembro | outubro