A segunda componente do projecto – a construção de destilarias – também já foi iniciada,
através da implementação de um projecto-piloto. Foi instalada uma destilaria com uma
capacidade de produção de cerca de mil e quinhentos litros de óleo por dia. O que se
pretende, agora, é perceber a possibilidade de introduzir este óleo em fogões a
biocombustível, para se proceder à substituição de fogões a petróleo ou a lenha. Mas o
biocombustível tem ainda outras potencialidades. Pode, por exemplo, ser utilizado para
alimentar geradores nas áreas rurais, em alternativa ao gasóleo, ou para abastecer tratores e
outros veículos.
A produção de biocombustíveis foi introduzida em Timor-Leste em 2008, com a criação de
plantações, espalhadas por todo o território nacional, com mais de 150 hectares. Já no ano
que vem, em 2011, a Secretaria de Estado da Política Energética pretende melhorar o centro
de Metinaro e criar outros dois, um em Ermera e outro em Los Palos. Estes centros irão
servir três propósitos: formação comunitária nas áreas do cultivo e cooperativas, produção e
distribuição de sementes às cooperativas já estabelecidas e desenvolvimento de investigação
para criação de sementes de qualidade.
O Governo pretende incentivar o cultivo de outras plantas oleaginosas para além de
jatrophas. “É importante salientar que não pretendemos, com este projecto, substituir o
cultivo de arroz e de milho. Queremos um cultivo múltiplo. Entre duas plantas oleaginosas,
pode cultivar-se o milho e a mandioca, modernizando as práticas de cultivo dos timorenses”,
conclui o Secretário de Estado Avelino Coelho.
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