Em cima O brasão da Associação Comercial do Porto encimado pela coroa do Dragão Invicto , em estuque e em baixo relevo , na Sala das Assembleias Gerais do Palácio da Bolsa . |
Em baixo A representação de um dragão no mosaico policromado do pavimento cerâmico do Pátio das Nações no Palácio da Bolsa . |
Fundada na véspera , 24 de dezembro , do Natal de 1834 , a Associação Comercial do Porto surge naturalmente da efervescência política e económica que o país , e muito especialmente a cidade , conhecem nesses tempos imediatos ao Cerco do Porto ( 1832-33 ) e ao final , nesse mesmo ano , da guerra civil . A Associação e o seu futuro palácio são mesmo um dos maiores símbolos do liberalismo vencedor . Muitos dos homens de negócios da cidade , comerciantes , mas também gente da banca , dos seguros e de uma ainda titubeante indústria , que na sua generalidade havia defendido a causa liberal , não raras vezes |
de um modo muito empenhado , estavam agora desejosos de uma rápida transformação do país e das prometidas reformas que alicerçassem uma economia livrecambista que reforçasse as relações comerciais , ao mesmo tempo que se desenvolvessem os transportes , os novos meios de comunicação e a ( tardia ) industrialização . O objetivo da instituição é , por isso , o de aglutinar os negociantes portuenses e tornar-se num instrumento difusor dos seus interesses , representando-os e fazendo eco das suas posições nas relações com o Estado , seja para contestar uma simples pauta alfandegária ou para exigir melhores condições de navegabilidade na barra do Douro , seja , pouco depois , |
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