Dragões #420 Nov 2021 | Page 53

ANDEBOL
“ É difícil falar , porque é uma derrota para todos . Vou lembrá-lo [ Alfredo Quintana ] sempre com um sorriso , feliz , sempre a brincar e a ouvir música no carro quando viajávamos . Enquanto for vivo , vou dizer a todos como ele foi uma das melhores pessoas que conheci na vida .” numa jornada , outros noutra , há muito bons guarda-redes . A verdade é que a EHF já me elegeu para o sete ideal .
Como foi jogar novamente no Dragão Arena com as bancadas cheias , como aconteceu frente ao Veszprém ? Foi incrível , foi a primeira vez para mim . Nas defesas , senti a reação do público e foi muito bom .
Quão importante é o apoio dos adeptos , principalmente numa posição decisiva como a sua ? Como se sente ao ouvilos gritar o seu nome ? É muito importante , mas para os guarda-redes há algo que funciona ao contrário . O guarda-redes tem trabalho quando a equipa adversária está a atacar , e os adeptos assobiam para desconcentrar os oponentes , mas também acabam por desconcentrar o guarda-redes . Quando se defende , é uma sensação difícil de explicar , o apoio dos adeptos dá muita força .
Já participou em todas as provas em que um atleta de alto nível pode participar . O que quer ainda atingir na carreira ? Só não fui aos Jogos Olímpicos , apesar de ter jogado o apuramento duas vezes com a Macedónia . Quero chegar à final-four da Liga dos Campeões com o FC Porto , é um pequeno objetivo que tenho . Aí , tudo pode acontecer , tal como o Aalborg e o Nantes chegaram lá , porque não poderemos nós também ? Não falta qualidade .
Após estes dois anos , já se sente um jogador à Porto ? Que acha necessário para o ser ? Já senti o calor de ser jogador do FC Porto . Na rua , as pessoas conhecem-me , falam comigo , apoiam-me também e sinto que estou num clube familiar . Os adeptos são mais próximos dos jogadores , apoiam sempre . Somos um clube em que todos sentimos o apoio dos dirigentes e dos adeptos . Nos treinos ou nos jogos , dou o meu máximo , mesmo que seja numa brincadeira .