CICLISMO
Também nas estradas de Portugal se corre contra tudo e contra todos . Basta ver o característico azul e branco a vencer para os adversários se juntarem para travar a onda triunfal que se alarga desde 2016 . Durante toda a Volta viu-se uma equipa a impor o ritmo em busca de um melhor resultado , um esforço pintado com essas cores características , com os adversários a seguirem colados na roda e usufruindo do trabalho realizado pelos portistas . Os responsáveis da W52-FC Porto já esperavam isso desde o primeiro dia . A estratégia estava montada , mesmo que muitos não a tenham percebido . Como é habitual , o acompanhamento à W52-FC Porto foi feito de perto pela DRAGÕES e por todos os meios de comunicação dos azuis e brancos , pelo que era percetível que este ano algo estava diferente . Além da entrada de Joni Brandão e de Ricardo Vilela no sete escolhido por Nuno Ribeiro e Hélder Alves , havia no ar uma concentração extra , um foco mais intenso nos mais de 1.500 quilómetros que os esperava , como se já sentissem as adversidades que iriam enfrentar .
ARRANQUE TUMULTUOSO O contrarrelógio inicial catapultou Rafael Reis para a liderança , como muitos esperavam . O ciclista que já correu pela W52-FC Porto é um dos contrarrelogistas mais fortes do panorama nacional e bateu a concorrência para ser o primeiro a vestir de amarelo . Lisboa viu o velocista da Efapel subir ao pódio , ainda que a estratégia da equipa tenha sido algo estranha , uma vez que desde o primeiro dia tinham afirmado que a equipa não estava em prova para a vencer , apenas para conquistar etapas . Desejo conseguido , já que triunfaram em seis dos 11 dias de competição . Rafael Reis seguiu de amarelo até à etapa da Torre , uma tirada em que os adeptos esperavam algo dos azuis e brancos . Na manhã desse sábado , a equipa foi logo abalada pela notícia do abandono da Caja Rural da prova devido a casos suspeitos de covid-19 . A formação espanhola tinha estado hospedada no mesmo hotel que a W52-FC Porto , o que forçou os portistas a serem testados minutos antes do arranque da tirada . Felizmente , nenhum membro da comitiva foi afetado , mesmo depois dos sucessivos
73 ANOS AO DIA
15 de agosto é um dia especial para o ciclismo azul e branco , já que é a data da conquista mais antiga e da vitória mais recente do FC Porto na Volta a Portugal . Amaro Antunes levantou o troféu em 2021 , tal como Fernando Moreira o fez em 1948 . Desde então , os Dragões já venceram 18 Grandíssimas .
41 REVISTA DRAGÕES SETEMBRO 2021