relação à aposta neste projeto , para nós é mesmo muito gratificante . Espero que na próxima época possa entregar todos os troféus e que o presidente continue a acreditar no nosso projeto . A mensagem é muito forte e muito boa de se ouvir .

O que augura para a próxima temporada ? Vamos ter algumas alterações em termos de plantel , alterações significativas . Ainda não temos o plantel todo fechado , mas , se conseguirmos seguir a linha que temos vindo a seguir até agora , vamos ter um plantel ainda mais forte e mais competitivo do que o deste ano . Vamos continuar com um plantel profissional , temos atletas cada vez mais identificadas com o clube , e para isso vai ser importante a permanência de atletas de referência . O clube e os adeptos podem estar descansados que estamos a montar uma estrutura que nos vai permitir , em setembro ou outubro , lutar pela Supertaça , que nos vai permitir ir buscar novamente a Taça que perdemos e defender o nosso troféu do campeonato . Queremos ser bicampeões . Vamos lutar por todas as competições nacionais e nas competições europeias podem contar com uma equipa que vai lutar , se nos deixarem , para chegar à final ou vencer a competição .

A AJM / FC Porto viu-se obrigada a desistir das competições europeias na última época . O que aconteceu ? Infelizmente , não tivemos a oportunidade desportiva de participar nas competições europeias . A prova em que participávamos , a Challenge Cup , era sempre a eliminar , não há fase de grupos . Nos 32 avos de final , saiu-nos uma equipa romena no sorteio . Chegámos a acordo com eles para disputar os dois jogos no Dragão Arena , à semelhança do que aconteceu no futebol , por causa das restrições transfronteiriças ,

mas , infelizmente , uma grande maioria das atletas romenas não pôde viajar e foi-lhes atribuída a derrota . Automaticamente , passámos aos 16 avos de final , e aí , a quatro / cinco dias de viajarmos , a entidade que regula a competição mudou o esquema competitivo , mantendo o fator eliminatório , mas agrupando dois ou três momentos de eliminatória em formato de bolha . Passámos de jogar na República Checa , contra uma equipa checa , para jogar contra essa mesma equipa na Roménia . Ficámos com 4 / 5 dias para planear toda a logística de viagens para um país que estava em risco , que tinha aeroportos fechados , mas mesmo assim tentámos . Não havia nenhum voo direto do Porto para a cidade que organizava a competição nem para Bucareste . Os voos que havia eram com escalas e operados por

companhias aéreas diferentes , o que nos fazia correr o sério risco de uma delas cancelar um voo e de ficarmos perdidos no meio da Europa . Ainda assim , íamos assumir o risco , mas , no regresso , tínhamos de testar na Roménia , mas tínhamos consciência da situação em que o país estava e nós , com um plantel com atletas entre os 16 e os 40 anos , se alguma atleta testasse positivo , ia ter que ficar a cumprir 15 dias de quarentena , o que seria mau para qualquer atleta , mas se for a uma atleta de 16 , 17 ou 18 anos , seria muito complicado . Tivemos , então , que abdicar da nossa

participação na prova . Creio que foi uma decisão bem tomada pelo clube . Desportivamente tenho pena , era uma ambição pessoal e coletiva , tínhamos uma calendarização favorável , mas tivemos que olhar

à saúde e segurança das atletas .

Ainda não temos o plantel todo fechado , mas , se conseguirmos seguir a linha que temos vindo a seguir até agora , vamos ter um plantel ainda mais forte e mais competitivo do que o deste ano .”

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