Dragões #467 Out 2025 | Page 61

BASQUETEBOL
OUTUBRO 2025 REVISTA DRAGÕES

Vlad Voytso

“ Voltar sempre foi uma opção desde o momento em que saí”

ENTREVISTA de BRUNO LEITE
Depois de vestir de azul e branco durante oito temporadas consecutivas, entre 2015 e 2023, Vlad Voytso partiu para uma experiência de dois anos em Espanha, ao serviço do GA Cantabria, mas a verdade é que este é o clube que lhe deu“ todas as ferramentas” para se tornar basquetebolista profissional. De volta também à DRAGÕES, o extremo internacional português nascido na Ucrânia acredita que regressa à Invicta“ com mais ambição, com mais vontade e com outra maturidade”, mas acima de tudo ainda mais ciente do privilégio que é“ representar um clube tão grande”.

Ainda a desfrutar das memórias do mais recente EuroBasket, no qual representou Portugal ao lado do colega de equipa Miguel Queiroz, Vlad Voytso revela que tem na família os seus“ heróis” e diz ser“ uma pessoa muito simples” fora do campo. Do que já viu dentro dele, elege Michael Jordan, Carmelo Anthony e Kobe Bryant como os três melhores da história.

Como se proporcionou este regresso ao FC Porto? Antes de mais, agradeço a todos os portistas pelas mensagens que me têm enviado e mesmo no pavilhão tenho sentido um grande apoio. Voltar ao FC Porto sempre foi uma opção desde que saí, nunca me imaginei a jogar noutro clube em Portugal. Acolheume muito bem desde o início e deu-me todas as ferramentas para me tornar um jogador profissional. Não era um dever voltar, mas tinha uma vontade muito grande e venho para ganhar.
Encontrou diferenças desde a primeira passagem pelo clube? Encontrei algumas. Tivemos a mudança da Direção, mas tudo aquilo que é o clube manteve-se e vai manter-se para sempre. É um regresso após dois anos em que não encontro muitas diferenças. Acho que há mais diferenças em mim do que no clube.
E quão diferente regressa o Vlad Voytso? Regresso com novas vivências, novas experiências e venho de uma realidade diferente. Estive dois anos em Espanha num clube muito mais pequeno, que nada tem a ver com um clube com a dimensão do FC Porto. Tive de apender a ser profissional de outra maneira, tanto dentro como fora do campo. Serviu para viver outra realidade e para perceber o quão privilegiados somos por representar um clube tão grande e que nos dá tanto como o FC Porto.
Que grupo encontrou no balneário? Apesar de termos vários jogadores de diferentes nacionalidades que vieram de outras ligas, acho que a malta se entende muito bem dentro e fora do campo, somos um grupo muito trabalhador e queremos sempre mais.
A chegada tardia de alguns jogadores e as lesões têm criado dificuldades à equipa neste início de época? Tudo o que acontece de negativo dentro de uma equipa é sempre um desafio, mas cabe-nos sermos profissionais e resolvermos esses problemas. A equipa técnica tem-se adaptado como consegue e o mais importante é não pararmos quando temos estes desafios pela frente. São coisas inevitáveis, os problemas vão acontecer, mas temos de lutar contra isso e arranjar soluções. Estamos todos juntos em prol de um objetivo e sabemos que é uma época muito longa.
Como olha para os rivais na luta pelo título? Há quatro ou mais candidatos? A Liga portuguesa tem evoluído bastante nos últimos anos, mas mais do que pensar em quantos candidatos há, temos
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