Dragões #467 Out 2025 | Page 47

AGENDA DA PRESIDÊNCIA
OUTUBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
O PORTO ESTÁ NA RUA
A sexta edição da Corrida do Dragão confirmou-se como muito mais do que uma prova de atletismo, assumindo também a condição de uma declaração de pertença. André Villas-Boas deu o tiro de partida e, logo ali, resumiu o sentido do momento.“ É um sucesso absoluto, as inscrições foram dobradas”, sublinhou o presidente do FC Porto, destacando aquela que definiu como“ a primeira edição em que há uma grande parceria entre o FC Porto e a organização”. O resultado esteve à vista nas ruas: milhares de camisolas, famílias inteiras, sócios e simpatizantes lado a lado, todos a viverem o mesmo impulso: correr com e pelo clube. A Corrida do Dragão é, nas palavras do presidente,“ um evento que fomenta a prática do desporto”, mas também um gesto coletivo de responsabilidade. Villas-Boas insistiu precisamente nisso: bem-estar, saúde, exercício físico. A ideia não se resume ao dia da prova, porque o objetivo declarado é mais ambicioso:“ Incentivar a prática do desporto amador e fazer com que cada sócio seja um atleta do FC Porto”. Ou seja, recuperar“ um espírito amador que se foi perdendo com o passar dos anos” e voltar a afirmar o clube como espaço de prática desportiva acessível e não apenas de alta competição. Esse compromisso tem um rosto e tem uma casa: a Fundação do FC Porto. É através dela que o presidente quer
estruturar esta aproximação entre o clube e os adeptos.“ Será com iniciativas como esta que iremos promover esse tipo de associação, que as pessoas tenham uma identificação cada vez mais forte com o FC Porto e que se sintam atletas do clube praticando modalidades amadoras como o atletismo”, disse. Villas-Boas falou de“ um portismo vivido de forma diferente daquele que está relacionado com o sucesso profissional das modalidades”, reforçando que este FC Porto não é só futebol, andebol, basquetebol, hóquei ou voleibol ao mais alto nível – é também o direito de qualquer portista a calçar umas sapatilhas e ser parte ativa. A dimensão simbólica da manhã tornouse ainda mais evidente com a presença
de duas referências eternas do atletismo português e portista: Aurora Cunha e Fernanda Ribeiro.“ São duas atletas que tão bem representaram a nação e o FC Porto e que são exemplos para muitos jovens”, lembrou André Villas-Boas. Para alguns participantes mais novos, são nomes que já pertencem ao património do clube; para outros, são memórias vivas de vitórias, pódios e medalhas. Essa ponte entre gerações ajuda a explicar porque é que a Corrida do Dragão já não é apenas um evento no calendário, assumindo-se também como um ponto de encontro.“ É bom sentir e viver tanto portismo”, resumiu o presidente. E, vendo a moldura humana que encheu a cidade, ninguém duvidou que o FC Porto também corre. Corre junto.
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