FUTEBOL
SETEMBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
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Pablo Rosario
O médio, que já marcou de azul e branco, chegou do Nice para adicionar a bandeira da República Dominicana ao balneário do FC Porto. Aos 28 anos, rubricou um contrato válido até 2029 e escolheu o número 13-“ uma pequena dedicatória” à filha de quatro anos. Filho de pais dominicanos, mas nascido no sétimo dia de 1997 em Amesterdão, deu os primeiros toques num emblema local e passou por Feyenoord, DWS e Ajax antes de se mudar para o Almere City, clube ao serviço do qual se estreou com apenas 18 anos na segunda divisão neerlandesa. Demonstrada a qualidade nos primeiros 40 jogos disputados a nível profissional, acabou por ser convocado para a seleção de sub-19 dos Países Baixos e por se mudar para Eindhoven, onde brilhou na equipa B do PSV e debutou na Eredivisie pela mão de Phillip Cocu. Com Mark van Bommel ao leme e Luuk de Jong- com quem coincidiu em 51 jogos- como principal referência ofensiva, afirmou-se ao mais alto nível, estreou-se pela seleção principal num amigável frente à Bélgica e ganhou o direito a usar a braçadeira de capitão que deixou ao cabo de quatro épocas para representar o Nice, de França. Depois de chegar à Côte d’ Azur com o rótulo de jogador discreto e lutador que dá tudo pela equipa, comandou o meio-campo da equipa em 79 ocasiões e assinou duas assistências antes de se cruzar com Francesco Farioli, que o lançou em 30 das 34 jornadas da Ligue 1- e em todas as eliminatórias da Taça de França- e ainda o viu estrear-se pela seleção da República Dominicana. O técnico italiano rumou a Amesterdão, mas o centrocampista ficou em Nice, tornou-se capitão e, como elemento
“ Já joguei muitos jogos e então trago essa experiência comigo, mas vejo-a como algo natural. Não quero forçá-la, até porque não sei tudo e também venho para a aprender com todos os meus colegas. Trago também a minha energia para ajudar a equipa da melhor forma possível. A liderança acaba por surgir naturalmente neste contexto. Quando tens vontade de ajudar a equipa, é preciso ter presença.”
mais recuado do meio-campo ou até defesa central, colecionou mais 36 presenças, marcou quatro golos e ainda fez outra assistência antes de aterrar em Portugal,“ uma escolha muito fácil” dada a“ mentalidade vencedora” do FC Porto.“ Ninguém consegue recusar o FC Porto. A história, os adeptos, o estádio e a cidade são um só”, observou Pablo Rosario.
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