Dragões #466 Set 2025 | Page 17

TEMA DE CAPA
SETEMBRO 2025 REVISTA DRAGÕES
“ O futebol não é apenas sobre nós próprios, mas sobre o que nos rodeia no dia a dia. Isso é muito importante para mim.” nos jogos e a confiança não era a mesma, porque ainda não estava entrosado com os meus colegas e com as ideias do mister. Quando és novo na equipa, custa sempre um bocadinho, mas quando entras na dinâmica é muito emocionante, porque sentes-te bem e, quando a equipa ganha, ficas ainda melhor.
Aquela jogada do pontapé de bicicleta no clássico foi estudada ou saiu naturalmente? Saiu naturalmente. Colocámos a bola na frente, o Luuk penteou-a de cabeça e eu ataquei-a com tudo.
Era importante deixar a marca desde o início? Sim, é bom começar bem em todos os jogos, não só nos clássicos. É o que queremos fazer nos encontros que se avizinham.
Melhor só se aquele golo ao Nacional tivesse sido validado, não? Claro que era bom ter marcado, mas nunca se sabe o que aconteceria. Foi fora de jogo e não tenho que me lamentar, porque o jogo é muito longo e o importante foi a equipa ter ganho, até porque era um jogo bastante difícil. São coisas que ficam na cabeça, mas não fico a matutar, porque senão não avanço. O mais importante foi a vitória da equipa e o foco foi logo para o jogo seguinte.
Já fala como um portista de longa data. Como é possível se apenas está cá há uns meses? Quando cheguei, toda a gente me ajudou muito, a equipa toda. Somos uma família que está lá quando alguém precisa, esteja bem ou mal, e acho que isso é o mais importante, porque no dia a dia os colegas são quem te rodeia. Digo muito isso aos meus pais, digo-lhes que me sinto em casa, porque, na verdade, tenho muitos espanhóis aqui também, mas não se trata disso. Estou muito feliz, não só porque estamos a ganhar e a treinar bem diariamente, mas pela família que somos. Ajudaramme desde o primeiro dia, tenho tudo aqui, esses pequenos detalhes fazem a diferença. Estou realmente muito feliz.
Haver espanhóis no plantel ajudou, com certeza. Sim, claro, dou-me muito bem com eles, mas não há um jogador com quem não fale. É assim com todos. Vejo um colega que não percebe tanto de inglês a falar abertamente com outro que não entende tão bem espanhol e fazem um esforço para que nos possamos dar todos e assim sermos uma família.
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