“ Carregamos o nome do FC Porto, mas esse nome não joga. Se não jogarmos bem, podemos perder. Temos de trabalhar muito porque eles vão dar-nos luta. Espero que consigamos grandes feitos juntos.”
ANDEBOL
AGOSTO 2025 REVISTA DRAGÕES
“ Carregamos o nome do FC Porto, mas esse nome não joga. Se não jogarmos bem, podemos perder. Temos de trabalhar muito porque eles vão dar-nos luta. Espero que consigamos grandes feitos juntos.”
Campeões duas vezes e que a de andebol tem o recorde de campeonatos nacionais em Portugal. Sei que lutam sempre para ir à Final Four da Liga Europeia.
E acerca dos seus companheiros? Já conhecia o Rui Silva por causa das competições internacionais, tal como o Diogo Rêma, o Daymaro e o Mamadou Diocou. A equipa mudou muito. No meu primeiro ano no Saint- Raphael, defrontei o FC Porto na Liga Europeia, mas muitos dos jogadores do atual plantel não estavam cá.
O que acha dos outros pivôs do plantel? São muito bons jogadores. O Daymaro pode defender e atacar, tem muita experiência e tenho de aprender com ele, fazer-lhe perguntas para evoluir. Além dele, temos os jovens e quero progredir com eles. Estamos a criar boas ligações para que consigamos gerir da melhor forma a posição entre nós.
Que ilações tirou do Magnus Andersson? Quando o vi pela primeira vez na televisão achava que era alguém pouco afável porque nunca sorria, mas quando perguntei a alguns colegas, disseram-me que era muito boa pessoa e muito bom treinador. Agora que o conheço, tenho uma relação muito boa com ele. É isso que procuro, dar-me bem com os treinadores para poder aprender e evoluir. No final do treino, falamos sobre a vida e tudo mais, mas no treino, se eu errar, eles corrigemme. Preciso disso, sou novo e a minha carreira não acabou. Quero aprender com eles e melhorar. O Magnus agora já sorri para mim porque me conhece [ risos ].
Como descreve estas primeiras semanas de trabalho? Foram semanas de muita intensidade. Fizemos dois treinos por dia em muitas ocasiões, corremos muito, mas isso é muito bom para mim. Foi tudo mais fácil porque os meus companheiros são muito amigáveis, o que torna a ida para o trabalho melhor. Temos de sofrer juntos para jogarmos melhor. Digo sempre“ trabalha arduamente para jogares melhor”. Gosto sempre de intensidade.
Nas primeiras declarações, disse que esta era a escolha acertada para a sua carreira. Porquê? O FC Porto é um grande clube com um grande legado no andebol internacional e quero elevar o meu jogo a uma nova dimensão na defesa e no ataque. Os treinadores dizem que na defesa temos de ter um espírito de guerreiros e isso é o que quero. Ambiciono ganhar muitos títulos aqui e criar uma história.
O FC Porto tornou-se famoso pelo seu sete contra seis nos últimos anos. É um sistema que se adequa ao seu estilo de jogo? Eu jogo em qualquer sistema. Se tiver mais minutos nesse sistema, ótimo, se for sozinho para o ataque também. Respeito todas as decisões do treinador, é tudo sobre a confiança entre os jogadores e a equipa técnica. Nós, jogadores, somos como filhos dos treinadores, temos de receber e transmitir confiança uns aos outros.
Como vê a competitividade do campeonato nacional? É uma liga difícil porque há o Sporting e o Benfica, que também têm algum poderio. Temos de lutar sempre porque, se perdermos o foco, podemos perder com qualquer uma das outras equipas. Carregamos o nome do FC Porto, mas esse nome não joga. Se não jogarmos bem, podemos perder. Temos de trabalhar muito porque eles vão dar-nos luta. Espero que consigamos grandes feitos juntos.
Temos adeptos muito carinhosos, mas também exigentes. Que mensagem lhes quer transmitir? Venham apoiar-nos e mantenham-se connosco. Somos uma família, quero jogar com o Dragão Arena lotado. Temos de trabalhar para isso, mas é essa atmosfera que me apaixona. Vamos conseguir grandes coisas juntos.
Fora do pavilhão, tem aproveitado para descobrir a cidade do Porto? Quando acabo os treinos gosto de ir à praia dar um passeio. Podemos ir à cidade, é um bom sítio para estar em família. Há jardins bonitos, bons restaurantes, tudo isto é importante. Quando acordo de manhã sintome contente por estar nesta cidade tão bonita. Quando chego ao clube todas as pessoas são boas comigo e respeitam-me. Sinto-me feliz aqui.
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