Dragões #464 Jul 2025 | Page 11

TEMA DE CAPA
JULHO 2025 REVISTA DRAGÕES
JORGE COSTA

O Capitão que nos levou ao topo do mundo

1971-2025
O futebol português e o FC Porto, em particular, choram a perda de uma das suas maiores referências. Jorge Costa, antigo capitão e diretor do futebol profissional dos azuis e brancos, faleceu a 5 de agosto de 2025, aos 53 anos, vítima de uma paragem cardiorrespiratória. Partiu onde se sentia em casa— no Olival, no centro nevrálgico do futebol portista— ao serviço da instituição que representou durante praticamente toda a sua vida, depois de uma reunião de trabalho e de uma entrevista a um canal televisivo.
TEXTO de MANUEL T. PÉREZ e ALBERTO BARBOSA

A notícia abalou profundamente o universo portista e o mundo do futebol. Jorge Costa não foi apenas um jogador de exceção. Foi um símbolo. Uma figura que representava o espírito guerreiro, a resiliência, a paixão e a lealdade incondicional ao FC Porto. A sua história confunde-se com a do clube e a sua imagem com o ADN portista. Nascido a 14 de outubro de 1971 e criado no Bairro da Pasteleira, no Porto, Jorge Costa deu os primeiros pontapés no FC Foz. Em 1987, chegou ao FC Porto, o clube da família e da vida dele, para integrar os escalões de formação.

Sagrou-se campeão nacional de juvenis e juniores e, ainda jovem, foi cedido ao Penafiel e ao Marítimo, para ganhar minutos e experiência como sénior. O regresso às Antas deu-se na época de 1992 / 93, depois de ganhar o Mundial de Sub-20 pela seleção nacional, feito que anunciava uma geração de ouro. A estreia com a camisola principal do FC Porto aconteceu a 25 de agosto de 1992, sob o comando do brasileiro Carlos Alberto Silva, num jogo frente ao Estoril em que marcou o golo da vitória. Com colegas como Aloísio, Fernando Couto ou Zé Carlos, a concorrência era feroz, mas Jorge Costa não baixou os braços. O espírito combativo que o viria a eternizar
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