Dragões #463 Jun 2025 | Page 70

“ Passei por muitos altos e baixos, fisicamente e mentalmente, mas espero que os adeptos me recordem pelo meu espírito, o americano da Ribeira. A minha personalidade e a forma como joguei é real, não foi uma fachada, era mesmo eu.”
BASQUETEBOL
JUNHO 2025 REVISTA DRAGÕES anos e estiver a falar com os meus netos, quero poder dizer-lhes que fui campeão no FC Porto. Se isso não acontecer, é algo de que me vou arrepender mais tarde na vida. É algo que quero verdadeiramente.
Quais são as melhores memórias que leva daqui? Primeiro, fora do campo, as noites na cidade. Desfrutámos muito da cidade do Porto, saindo para jantar e experimentando novos lugares, pois o Porto tem muitas e boas opções gastronómicas. Estar com os meus filhos e vê-los crescer aqui … Eles chamam casa ao Porto. As memórias no Dragão Arena também são boas, tive grandes jogos aqui a nível individual e grandes vitórias. As Taças que ganhámos, é bom ter essas memórias e esses momentos de conquista de troféus.
Quer aproveitar para agradecer individualmente a pessoas que o acompanharam ao longo dos últimos seis anos? Há muita gente a quem quero agradecer. Primeiro ao Vítor Hugo, que me trouxe para cá há seis anos. Ele foi uma das pessoas que esteve sempre comigo nos altos e nos baixos, durante as lesões, e é uma lenda do hóquei em patins do FC Porto. É alguém com quem mantenho contacto. Agradeço também ao Júlio Matos, ao João Alves e obviamente ao treinador Fernando Sá. Tenho de lhe agradecer muito, pois ele fez-me recuperar a alegria de jogar basquetebol depois de algumas lesões e épocas difíceis. Naturalmente, agradeço aos fisioterapeutas e aos médicos que me acompanharam durante os períodos de recuperação, como o dr. Rui Silva ou o dr. António Sousa e agora o dr. Paulo. Agradeço também a vocês, a equipa de media do clube, à Joana Moreira, que já não está cá, agora ao Eduardo Duarte, a ti, Bruno, e ao Fernando Santos. Há muita gente a quem quero agradecer e tenho a certeza de que me estou a esquecer de algumas pessoas. Há muito para agradecer, todos fizeram muito por mim e pela minha família. Como é óbvio, estou agradecido a Jorge Nuno Pinto da Costa e agora ao presidente André Villas-Boas, mas também ao Mário Santos. Agradeço a toda a estrutura, pois nunca deixaram que me faltasse nada nem à minha família.
Que palavras escolheria para descrever os últimos seis anos da sua vida? Honestamente, essa é uma pergunta difícil. Foi fantástico, não tenho nada de negativo a dizer sobre a cidade, sobre a forma como fui tratado, sobre os adeptos … Não tenho nada de negativo a dizer sobre ninguém aqui. Toda a gente me tratou bem e à minha família e estarei eternamente grato por isso, bem como pela oportunidade que me deram. Para um basquetebolista norteamericano, não é normal ir para um lugar e ficar lá durante seis anos. Acima de tudo, estou grato pelo que vivi aqui.
E como foi jogar no Dragão Arena? Foi incrível. Nos últimos dois anos senti que os adeptos apareceram sempre, sobretudo nos momentos importantes. Criei uma conexão forte com os adeptos e com os sentimentos deles pelo clube. Acolheram-me desde o início e eu a eles, temos uma relação fantástica.
Quer aproveitar para lhes deixar algumas palavras? Quero agradecer-lhes por tudo o que me deram durante estes anos, a mim e à minha família, e por me terem recebido tão bem na cidade do Porto. Foram seis anos fantásticos e espero que isto não seja um adeus, apenas um até já. Estou eternamente grato aos adeptos

“ Passei por muitos altos e baixos, fisicamente e mentalmente, mas espero que os adeptos me recordem pelo meu espírito, o americano da Ribeira. A minha personalidade e a forma como joguei é real, não foi uma fachada, era mesmo eu.”

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