Dragões #463 Jun 2025 | Page 69

“ Foram seis anos fantásticos e espero que isto não seja um adeus, apenas um até já. Estou eternamente grato aos adeptos do FC Porto e espero poder partilhar mais momentos com eles no futuro.”
BASQUETEBOL
JUNHO 2025 REVISTA DRAGÕES
O próprio confessa que deu“ tudo o que tinha” para“ trazer um campeonato para o Porto”, mas o legado que deixa depois de“ seis anos fantásticos” no FC Porto é intocável e estará sempre ligado à história do basquetebol do clube. Max Landis, que abraçou carinhosamente a alcunha de“ americano da Ribeira”, confessa que“ foi duro” terminar com uma derrota no Dragão Arena, mas as“ memórias” e os“ momentos de conquista de troféus” vão regressar com ele aos Estados Unidos. Ou ao México, onde irá prosseguir a carreira.
ENTREVISTA de BRUNO LEITE

Na sequência de uma“ decisão familiar”, o base atirador deixou a Invicta, uma cidade a que os filhos“ chamam casa”, mas garante que“ mesmo que jogue noutro lugar durante anos, esta será sempre a nossa segunda casa”. Grato a um número incontável de pessoas, que nunca deixaram que lhe faltasse nada nem à família, Max Landis não tem“ nada de negativo a dizer sobre ninguém” e não esqueceu a“ conexão forte” que criou com os adeptos:“ Acolheram-me desde o início e eu a eles, temos uma relação fantástica. Estou eternamente grato aos adeptos do FC Porto e espero poder partilhar mais momentos com eles no futuro”.

Que coisas lhe passaram pela cabeça durante os últimos dias no Porto? Foi duro, com muitas despedidas. Os miúdos, os amigos deles, os amigos da minha mulher … Ela tem mais amigos aqui do que eu. Foi duro, não sou bom com despedidas, mas não acho que seja um adeus, é mais um até já. Foi assim que encarei os últimos dias no Porto.
O que sentiu assim que terminou o seu último jogo no Dragão Arena? Os sentimentos relativamente aos adeptos foram incríveis, quero agradecer-lhes por me terem aplaudido e por me terem ovacionado de pé, além do respeito que eles sempre tiveram por mim. Não gostei do resultado e da maneira como terminámos, até me senti um pouco envergonhado, mas não considero que esse jogo caracterize esta equipa. Foi duro para mim terminar daquela forma.
Deixar o FC Porto foi a decisão mais difícil que teve de tomar na vida? Foi, sim. Obviamente que há muitos fatores na origem desta decisão de ir numa direção diferente, mas foi acima de tudo uma decisão familiar. Todas as decisões têm a ver com o timing e eu tinha de tomar uma decisão. Foi o que decidi, mas não acho que seja um adeus por completo, vamos ver.
Vê-se a regressar ao FC Porto em algum momento da carreira? Sim. Disse à minha mulher que queria retirar-me aqui, com esta camisola. Também lhe disse que quando tiver 60

“ Foram seis anos fantásticos e espero que isto não seja um adeus, apenas um até já. Estou eternamente grato aos adeptos do FC Porto e espero poder partilhar mais momentos com eles no futuro.”

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