Estados Unidos da América com a massa associativa Portista. A esperança mora aqui e nada, mesmo nada, diminui o nosso Portismo, apenas o reforça. Onde houver um Portista, há FC Porto. Locais onde fomos recebidos em festa, onde as nossas glórias e jogadores foram acarinhados, onde várias gerações de emigrantes portugueses partilharam connosco os seus valores e em nós, FC Porto, sentem a força e a estirpe das suas raízes autênticas, gente orgulhosa do seu passado, que anseia por um futuro cheio de vitórias e que genuinamente ama o seu Clube e vive-o intensamente, apesar da distância física.
Em claro contraste com o ânimo, o apoio e a esperança que sentimos por parte dos nossos adeptos nos Estados Unidos da América, fomos confrontados com atos bárbaros e cobardes que ocorreram contra cinco jovens Portistas que se deslocaram a Lisboa para apoiar a sua equipa de hóquei em patins contra um dos seus rivais.
Ficamos estarrecidos e sem palavras e até hoje não percebemos como um grupo de mais de vinte indivíduos que se passeia de cara tapada por uma cidade europeia organiza e promove uma emboscada em que atenta contra a vida de pessoas. E também não percebemos como muitos dos indignados do costume, para além de acompanharem uns alertas e breaking news, ora pouco ou nenhum relevo tenham dado ao assunto ou a ele tivessem chegado tarde e encontrassem explicações em indisposições pela derrota ou em“ rivalidades antigas” ou tentarem, num exercício de contabilidade mórbida apurando quem já provocou mais desacatos, desviar as atenções, relativizando a barbárie. Por vezes, batem o record de velocidade, até chegam antes das notícias, noutras situações só chegam à bola no dia seguinte ou nem à porta do tribunal vão ou nem fazem capas ou edições especiais. É ou não é? Aliás, para muitos, o tema já se esqueceu, faz parte do passado. Pois, para nós, não.