Dragões #463 Jun 2025 | Page 12

TEMA DE CAPA
JUNHO 2025 REVISTA DRAGÕES habitual e, mesmo assim, os Dragões batalharam até à penúltima jornada pelo primeiro lugar da fase regular. Para alcançar a final, o FC Porto teve de ultrapassar vários obstáculos. A Juventude Pacense, que já tinha derrotado os portistas na primeira fase do campeonato e afastado os azuis e brancos da Taça de Portugal, não teve armas para suster a força do Dragão nos quartos de final. Dois jogos e dois triunfos, ambos por três golos de vantagem, não deixaram dúvidas. Contudo, o terceiro lugar assegurado na fase regular não garantia a tão importante vantagem casa em todas as eliminatórias e a meia-final ditou um duelo com o Sporting, segundo classificado. A obrigação de vencer pelo menos um duelo no Pavilhão João Rocha não assustou os portistas, com a memória da conquista do campeonato na última época na Luz ainda bem fresca na mente de todo o plantel.
Para a eliminatória chegar à quinta partida, o FC Porto sofreu e muito no jogo 4, ao estar a perder por 2-0 no Dragão Arena e com os leões a terem uma grande penalidade para assinar o terceiro. A derrota ditava o fim precoce da época e os adeptos, extremamente importantes nos playoffs, impulsionaram o ataque para a reviravolta e ajudaram a construir a muralha defensiva que contou com dois grandes guardaredes, uma vez que tanto Xavi Malián como Leonardo Pais brilharam nesse encontro, decidido a favor dos Dragões nas grandes penalidades. Foi também dessa marca que tudo se decidiu no reduto do Sporting. Depois de uma partida equilibrada em que as duas formações estiveram em vantagem, foi o capitão Gonçalo Alves a dar o exemplo. Após falhar um penalti no tempo regulamentar e na primeira tentativa no desempate, o 77 portista atirou por baixo de Ângelo Girão, colocando um ponto final na carreira do guardião internacional português e carimbando o bilhete para a final. Quem acompanhou a época desportiva não foi surpreendido quando o Óquei de Barcelos eliminou o Benfica na outra semifinal. Os comandados de Rui Neto, antigo jogador do FC Porto, procuravam o triplete e voltavam a ter nos portistas o último adversário a bater, mas estes não eram os mesmos Dragões. Depois de várias conversas sinceras no balneário, os azuis e brancos uniram-se e prepararam-se para atacar a reta final da temporada com o objetivo de vencer pelo clube de sempre e abafar as vozes que os criticavam. Três triunfos restavam e tem de se atribuir mérito total à formação barcelense pela maneira como batalhou do início ao fim em todos os encontros, só que este FC Porto entrou decidido a não perder a última chance de garantir um troféu nesta temporada.
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