“ Eu era o tipo de jogador de que ele [ Jorge Costa ] gostava, porque dava tudo, nunca tive problemas disciplinares, nunca cheguei atrasado, sempre fui um jogador que treinava superbem, chegava sempre bem aos jogos e tinha um andamento muito grande.” mais importantes na vida deles. Só isso já valeu a pena. A imagem que construí foi de ser constante e igual a mim mesmo no momento da vitória ou da derrota, fosse titular ou suplente. A imagem ficou como eu gostaria que ficasse: verdadeira.
TEMA DE CAPA
MAIO 2025 REVISTA DRAGÕES
“ Eu era o tipo de jogador de que ele [ Jorge Costa ] gostava, porque dava tudo, nunca tive problemas disciplinares, nunca cheguei atrasado, sempre fui um jogador que treinava superbem, chegava sempre bem aos jogos e tinha um andamento muito grande.” mais importantes na vida deles. Só isso já valeu a pena. A imagem que construí foi de ser constante e igual a mim mesmo no momento da vitória ou da derrota, fosse titular ou suplente. A imagem ficou como eu gostaria que ficasse: verdadeira.
A homenagem no relvado do Dragão mexeu muito consigo? Mexeu muito comigo. Foi o encerrar da época e da minha carreira, e ter a minha família comigo, os meus pais e as minhas irmãs, toda a gente no relvado … Recebi mensagens de benfiquistas, sportinguistas e de todo o mundo. Muitos acharam incrível a forma como o FC Porto me reconheceu. O FC Porto fazer isso por alguém mostra a grandeza do clube.
“ Não é preciso muito estilo para ser jogador de futebol”. O que quis dizer com isto? Quando fui para o relvado havia 1001 coisas para dizer, mas essa foi a que me veio à cabeça na altura. A minha maior preocupação é a mensagem que quero deixar para os mais novos, porque eles precisam de ser chamados à atenção e de perceber a diferença entre o bem e o mal. Precisam que as pessoas lhes vão dizendo e quando eu me cansar de o fazer é porque já não estou a fazer nada no futebol. Enquanto tiver energia para corrigir e para lhes mostrar o caminho certo vou continuar a fazê-lo. Prefiro perder por dizer do que por não dizer. Tentei sempre ser direto e dizer as verdades em vez de dizer“ tu ainda vais ser jogador, não jogas na equipa B do FC Porto, mas para o ano estás na Liga dos Campeões”. Muitos deles acreditam nisso e é muito mau, porque não têm pessoas que lhes digam“ tu estás na equipa B do FC Porto, não és titular e se calhar tens que olhar para baixo e não para cima”. Muitos não têm essa noção e a minha mensagem durante este ano foi fazê-los ver a realidade. Mesmo quando fazemos um amigável contra o Salgueiros eu dizia-lhes que do outro lado estavam grandes jogadores que deram tudo para chegar ali e para não desperdiçarem a oportunidade de estar no FC Porto.
Por falar em estilo, o que significam as tatuagens que tem no braço? É tudo para a família. É o Miguel, o meu filho mais velho, a data e a hora de nascimento dele. Depois nasceu o Duarte e eu pensei que também tinha que fazer uma para ele, então tatuei o olho dele. Tenho a minha família com a nossa cadela, que morreu este ano, e somos nós em Izmir, na Turquia, com uma palmeira que havia em frente ao mar e que nos indicava o caminho.
Recentemente tornou-se padrinho da INZONE, a sala sensorial do Estádio do Dragão. Quer explicar-nos porquê?
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