ESPECIAL 40 ANOS
ABRIL 2025 REVISTA DRAGÕES
TAÇA DE PORTUGAL
10 DE JUNHO DE 1994. Uma final não bastou para atribuir o troféu. Depois de 120 minutos de futebol sem golos foi preciso uma finalíssima, jogada cinco dias depois, de novo no Jamor e de novo com prolongamento, porque ao golo de Rui Jorge, que colocou o FC Porto em vantagem, Vujačić respondeu com o do empate para o Sporting. A questão só ficou arrumada quando Aloísio transformou um penálti ao primeiro minuto de prolongamento. Bobby Robson ganhava ao clube que o tinha despedido meses antes e João Pinto usava a Taça como escudo para os objetos arremessados pelos adeptos sportinguistas numa manifestação de mau perder nunca vista.
SUPERTAÇA
17 DE AGOSTO DE 1994. Outra vez FC Porto e Benfica no jogo da decisão e desta vez com uma grande coincidência: no primeiro jogo, na Luz, Rui Águas fez o resultado para o Benfica aos 84 minutos; nas Antas, Vinha mandou toda a gente para finalíssima aos 84 minutos … Mais de um ano depois, em agosto de 1994 e em Coimbra, já com Bobby Robson no lugar de Tomislav Ivić, Domingos colocou os azuis e brancos em vantagem, mas Tavares empatou a um minuto dos 90. E se Secretário repôs a diferença no prolongamento, César Brito adiou a decisão para os penáltis a dois minutos dos 120, já com os Dragões reduzidos a nove unidades. Preud’ homme e Vítor Baía defenderam um penálti cada, mas o FC Porto foi mais preciso no remate e venceu por 4-3.
LIGA PORTUGAL
LIGA PORTUGAL
7 DE MAIO DE 1995. O 14.º título de campeão nacional – o primeiro de uma série de cinco consecutivos – foi comemorado num misto de dor e alegria, porque Rui Filipe, o autor do primeiro golo do FC Porto no ciclo do penta, perderia a vida num acidente de viação na véspera de um jogo em Aveiro. À 11.ª jornada, com uma vitória sobre o Farense, os Dragões assumiram definitivamente a liderança do campeonato e fizeram a festa em Alvalade, de onde Bobby Robson tinha sido despedido um ano antes, com um golo de Domingos e ainda com mais três jornadas para disputar.
14 DE ABRIL DE 1996. Quando a vitória passou a valer três pontos, o FC Porto somou 84 e deixou o Benfica a 11. Com Robson doente e Inácio no banco, os azuis e brancos isolaramse à sexta jornada, depois de uma vitória sobre o Boavista, e confirmaram o título à 30.ª, já com o treinador inglês, regressado a tempo da vitória sobre o Benfica( 3-0). Horas depois do triunfo sobre o Salgueiros nas Antas, com golos de Domingos e Emerson, o empate do Benfica em Campo Maior confirmava a conquista do título. Domingos terminou a Liga com 25 golos, marca que fez dele o melhor goleador da prova em que Vítor Baía permaneceu imbatível ao longo de 1.044 minutos.
SUPERTAÇA
20 DE JUNHO DE 1995. A Supertaça pulou fronteiras, começou em Lisboa, passou pelo Porto e acabou em Paris, no Parque dos Príncipes, onde se disputou a finalíssima, porque o jogo da Luz( 1-1), onde Rui Filipe colocou o FC Porto na frente, e o das Antas( 0-0), onde Yuran não esteve particularmente feliz, terminaram empatados. Em França, dez meses depois da primeira de duas mãos e com Artur Jorge no banco do Benfica, foi Domingos quem decidiu pouco depois do recomeço, fazendo o único golo do encontro.
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