ANDEBOL
MARÇO 2025 REVISTA DRAGÕES agora tenho a sensação incrível de deixar aqui o meu legado, é um marco que nunca irei esquecer, um orgulho enorme e estou muito agradecido pela iniciativa do clube. Significa trabalho bem feito durante muitos anos de sacrifício. Agora exige-se ainda mais e estou preparado para dar mais.
Foi elogiado pelo presidente, pelo diretor desportivo das modalidades e pelo vice-presidente da Federação. Este reconhecimento é uma motivação para o futuro? Todos viemos do Mundial com expectativas muito altas e uma motivação altíssima pelo que mostrámos. O FC Porto teve um grande contingente na seleção, por isso penso que podemos transportar isso para o clube e motivar os que cá estavam. Não somos coitadinhos, ainda sabemos jogar um bom andebol e é isso que queremos, continuar o nosso trabalho para chegarmos ao final da época com o título. É por isso que o FC Porto luta todos os anos. Queremos mostrar outra vez que estamos aqui, contentes, a lutar a cada jogo e a cada segundo.
Estão agora na fase das decisões em várias provas. Começando pelo campeonato, o que podem os adeptos esperar de vocês na fase final? Podem esperar de nós o que sempre demonstrámos: entrega, luta e capacidade de sofrimento. Vai ser um campeonato equilibrado, há equipas muito fortes, mas nunca baixamos os braços, mesmo quando o jogo não corre como nós queremos. Esta equipa vai lutar por tudo contra todos, estamos a melhorar e a mostrar um bom andebol.
Nesta fase final, além da importância de ir buscar pontos fora, é fundamental ganhar os jogos em casa. Os adeptos assumem uma ainda maior importância? Sim, é sempre difícil jogar no reduto adversário com o público a puxar pela sua equipa, por isso os nossos adeptos são um jogador extra. Termos o pavilhão cheio nesta fase final é um plus de motivação para todos. A equipa precisa de apoio, não só quando joga bem, mas em todos os momentos do jogo.
A Taça de Portugal foge há três anos. Aproveitando o confronto dos oitavos
“ O FC Porto teve um grande contingente na seleção, por isso penso que podemos transportar isso para o clube e motivar os que cá estavam. Não somos coitadinhos, ainda sabemos jogar um bom andebol e é isso que queremos, continuar o nosso trabalho para chegarmos ao final da época com o título.”
de final entre Sporting e Benfica, é uma prioridade a reafirmação nesta prova? Queremos chegar à final e conquistar a Taça, que já foge há algum tempo. A jogar bem ou mal, o FC Porto vive de títulos e a equipa tem muita fome para os arrecadar. Estamos aqui para ganhar e para lutar por tudo, sim ou sim. O Sporting e o Benfica defrontaram-se, mas independentemente disso o nosso objetivo é chegar à final e trazer a Taça para casa.
Até onde podem ir na Liga Europeia? Queremos chegar o mais longe possível na prova. Vamos passo por passo, jogo a jogo e com tudo para passarmos à final four.
A época fica marcada pelo regresso do Magnus e do Carlos Martingo. Como tem sido este reencontro? Foi uma época de transição. Algumas coisas mudaram e a equipa precisou de tempo para voltar a assimilar as ideias do Magnus, que é um excelente treinador. Temos jogadores novos, alguns não tinham adquirido ainda as ideias do treinador e tudo isso demora algum tempo. Hoje já estamos a mostrar de forma mais clara as ideias do Magnus e temos de continuar, porque estamos em crescendo e vamos melhorar ainda mais.
Enquanto um dos pilares da equipa, como transmite as tradições e o ADN do clube aos novos jogadores que agora chegam? Tanto eu como o Rui ou o Daymaro passamos sempre os valores do clube de nunca entregar nada de bandeja. Temos de jogar contra todos até ao fim e, frente às equipas que forem teoricamente superiores, lutar ainda mais. A camisola não joga sozinha. Já conquistei oito títulos aqui, mas isso não conta. Todos os jogadores têm de mostrar por que merecem estar aqui e de lutar em cada jogo. É isso que tentamos passar.
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