“ Temos de ter os pés bem assentes no chão e percebo que tenho de fazer o que sempre fiz : trabalhar , manter as rotinas diárias e fazer aquele trabalho que ninguém vê . O que acontece no jogo é resultado do trabalho diário .”
TEMA DE CAPA
SETEMBRO 2024 REVISTA DRAGÕES
“ Temos de ter os pés bem assentes no chão e percebo que tenho de fazer o que sempre fiz : trabalhar , manter as rotinas diárias e fazer aquele trabalho que ninguém vê . O que acontece no jogo é resultado do trabalho diário .”
de orgulho , pressão ou algo irrelevante ? Obviamente que é um motivo de orgulho , mas faço com que me passe ao lado porque não devo ligar muito a isso . Fico muito feliz e honrado por ser reconhecido , mas na minha cabeça isso só exige mais trabalho e obriga a elevar a fasquia para tentar superar esses 45 milhões .
Ainda há margem para crescer ou acha que já chegou ao topo ? Nada disso , eu não penso assim . Um jogador muito bom , chamado Iker Casillas , sempre me disse que nós continuarmos a aprender coisas novas independentemente da idade . Eu também acredito nisso , não aprendemos só a nível técnico mas também mental . Estamos sempre a aprender e nunca considero que estou no meu melhor .
O Casillas é o seu ídolo ? Sim , é um dos .
Quem são os outros ? Sempre gostei muito do van der Sar e do Neuer . Com o passar do tempo também passei a gostar do Oblak , de quem ainda gosto imenso , e são esses os meus principais ídolos . Também me lembro do Vítor Baía , um símbolo do clube com quem sempre me identifiquei , e do Helton , com quem aprendi muito quando vim para o FC Porto . Era um guarda-redes com uma agilidade enorme , com quem aprendi muito e tentei adaptarme um pouco para fazer o que ele fazia .
Escolheu o número 99 por causa do Vítor Baía ? Sim . Quando veio o Marchesín eu não era o guarda-redes principal , nem iria ser , e achava que não poderia ser eu o número 1 , por isso disse que podia ficar com o 31 , o número que usava na equipa B . Uns dias depois o Vítor Baía veio falar comigo e deu-me a ideia de usar o 99 . Fiquei a pensar : “ A sério ? Vais-me deixar usar o
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