contém pitaco analítico de uma subjetividade TRANS
[ não ] a partir de freud, o falocêntrico
pouca idade e três tentativas de suicídio. duro lidar com a realidade.- quase impossível. para( sobre) viver, corriqueiramente, criava mundos de fantasia onde o cabelo batia no joelho e a mãe passava longe de primeiro objeto sexual ²: sonhava era com o pau do pai. complexo de édipo não combina com transgênera, e no caso de judith, muito-. se não existiu atração libidinosa pelo sexo( supostamente) oposto na relação familiar; existiu, em judith, uma fase fálica de atração imensa por falos. por falos e por falar de falos. e por castrar seu falo. e por falar de falos sem ser castrada. mas era. e muito. em todos os cantos era só paulada. desejava ardentemente que paulada desdobrasse seu significado pra um monte de pau junto e misturado, mas era só porrada mesmo. violência de todos os tipos. e ardia. na escola, seu jeito de corpo ³ era massacrado. andava sozinha pelo pátio do católico colégio. católico e evangelizaDOR. a professora de religião afirmara em aula aberta:“ nota-se que esse indivíduo( aponta) não possui vestígio de amor no coração”. judith não retrucava, não reagia. tudo era implosão era inscrição era grito de sufoco inaudível. o corpo somatiza( mas também desFAZ) agressões. os pais desejavam um filhO segundo regras heteronormachistas. agiam com perversidade4 quando ela aparecia com saias roubadas de suas primas. não por serem roubadas: a diversidade do desejo incomoda quem o vive no padrão. o pai batia com cabo de vassoura, cabo de aço, queria dar cabo de aberração. o tipo de violência da mãe era mais sutil: ataque à surdina ao subconsciente. na tentativa de salvá-la do mau, realizava exercícios diários para engrossar-lhe a voz, comprava carrinhos, roupas largas e misturava judith com os meninos da rua de baixo.
DIV ERSI FICA
DIVERSIFICA 11