Opinião
O Brasil, originariamente como os outros países do continente americano, foi constituído por imigrantes. Vindos da Europa e da África principalmente, esses imigrantes povoaram a terra brasileira, dando origem à incrível miscigenação do nosso povo. O fato de termos uma mistura de raças ajudou a construir a ideia de que o brasileiro é um povo acolhedor, sem preconceitos. O que observamos, no entanto, é que isso realmente não acontece.
São diversos os casos relatados de violência física e psicológica contra imigrantes e a tão falada xenofobia. Há uma separação na maioria das vezes quando tratamos de imigrantes europeus e imigrantes africanos, por exemplo. O Brasil desde meados de 2010 está recebendo uma grande massa de imigrantes haitianos refugiados do terremoto que abalou o país e deixou milhares de mortos e marcas de destruição.
O Governo lançou recentemente uma campanha de informação e sensibilização no combate contra a intolerância a imigrantes. Essa iniciativa do Ministério da Justiça vai focar principalmente nas redes sociais que é um dos meios mais usados hoje para a conscientização. O fato de precisarmos de uma campanha como essa, nos mostra que temos muito a mudar com relação a esse tópico, já que essa visão etnocêntrica predomina em nossos povos.
Atualmente, com a crise de refugiados da Síria na Europa, devido à guerra civil que assola o país sírio, muitos países europeus estão abrindo suas portas para receber esses imigrantes e dar asilo a eles. Não só os países europeus, mas também o Brasil e o Canadá por exemplo. O Brasil está recebendo refugiados haitianos, e agora sírios também, perdendo apenas para o Canadá em números.
Consideramos então em nosso trabalho sobre a imigração que tudo e todos estão vinculados com o modo planejamento. A crise de imigrantes pode estar apenas em uma parte de um determinado território, mas pode se alastrar em outros territórios causando um grande impacto sócio-ambiental e trazendo consequências devido à grande massa de população, crises econômicas e impactos ambientais. Essa afirmação não contradiz com o fato do dever de ajudar os que estão precisando, mas primeiramente deve-se ter um planejamento para a recepção desses imigrantes.
Por:
Marielle Souza e Ana Paula Paz
Marielle Souza
Acadêmica de Direito
Ana Paula Paz
Acadêmica de Direito