Detectives Selvagens 2- Medo | Page 20

Madalena serra Ana Nunca me disseste como escapaste e vieste parar a esta casa… Rui (retirando a sua mão da de Ana) Isso agora não é importante para o caso. Agora o que me deixa deveras curioso, é ter a certeza de que o teu marido sabe que tu me vens visitar e, mesmo assim, nunca ter feito nada durante este tempo todo. Uma pessoa como ele não é influenciada por uma mulher como tu, sem ofensa, Ana, mas a lavagem cerebral deles é muito… Potente, digamos assim. Ana O Henrique não desconfia de nada. Mal nos vemos, ele passa o dia todo fora, na zona norte e oeste da cidade, a investigar. O trabalho dele é honesto, Rui, não percebo o que queres dizer com lavagem cerebral, ele continua a mesma pessoa. (levanta-se) Creio que não haja razão para não saíres de casa. Do que tenho ouvido falar, já não existe qualquer obrigação de fazer parte do partido, eles têm pessoas mais do que suficientes, naquela altura foi tudo feito sobre pressão, era necessário tomar medidas rapidamente de modo a conter a situação… Não vivas mais amedrontado dentro desta casa. (apontando-lhe a porta da sala) Sai. Se quiseres, vai buscar as fotografias, embarca 20