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Ao debilitar a contratação colectiva, o Governo sabe que está a debilitar um elemento estruturante para assegurar uma mais justa distribuição da riqueza, garantir a efectivação de direitos, liberdades e garantias, para além do exercício efectivo da liberdade sindical. Sem o direito pleno da contratação colectiva, com a perspectiva de manter e ampliar direitos, harmonizando-os no progresso, os trabalhadores perdem direitos e é a democracia que fica ainda mais degradada.
O governo mantém ainda intocável a legislação que permite às empresas recorrer à sub-contratação de empresas de trabalho temporário para fazerem face a necessidades permanentes, via através da qual os trabalhadores vêem os seus vínculos precários perpetuar-se e a exploração intensificar-se.
Estas e outras medidas têm e continuarão a ter a oposição da CGTP-IN, que está empenhada na intensificação da acção e luta dos trabalhadores nas empresas e locais de trabalho, num tempo que é de unidade e coesão na luta em defesa de direitos, por um Portugal de progresso e justiça social, na defesa de um país soberano numa outra Europa dos trabalhadores e dos povos, de paz e justiça social.
No final da Manifestação, a CGTP-IN anunciou a realização de uma concentração para o dia 6 de Julho, em frente à Assembleia da República, "contra as medidas gravosas da revisão da legislação laboral apresentadas pelo Governo".
Junho, 2018